O governo Lula iniciará em 2 de fevereiro uma operação de 90 dias para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, em resposta a uma decisão do STF. A ação, que envolve 20 órgãos, visa combater a mineração ilegal e suas consequências ambientais e de saúde.

O governo Lula iniciará, a partir de 2 de fevereiro, uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do estado do Pará. A ação, que terá duração de noventa dias, visa expulsar garimpeiros ilegais do território, em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que já havia sido determinada durante a gestão anterior. O garimpo é considerado ilegal em áreas indígenas e a região enfrenta também problemas relacionados a grilagem de terras e extração ilegal de madeira.
A operação será coordenada pela Casa Civil da Presidência e pelo Ministério dos Povos Indígenas, com a participação de pelo menos vinte órgãos, incluindo a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal. O governo está em contato com as comunidades indígenas para informar sobre as atividades que serão realizadas, que incluem fiscalização e destruição de máquinas utilizadas no garimpo.
Nilton Tubino, assessor da Casa Civil e coordenador da operação, destacou que bases permanentes serão estabelecidas para evitar o retorno dos garimpeiros após a expulsão. A operação não se limitará apenas ao território indígena, mas também abrangerá áreas adjacentes, visando combater atividades que sustentam o garimpo ilegal, como o transporte e a venda de combustível irregular.
A complexidade da operação é um dos fatores que atrasou seu início. Tubino afirmou que o garimpo na Terra Indígena Kayapó aumentou, superando a atividade na Terra Indígena Yanomami, com a presença de grandes garimpos que ocupam cerca de dezoito mil hectares. A situação é preocupante, pois há relatos de cerco a aldeias e cooptação de lideranças indígenas, além de conivência com escavadeiras que pagam taxas para operar no território.
Além dos danos ambientais, a saúde dos indígenas também está em risco. A contaminação por mercúrio, utilizado na mineração, tem causado doenças neurológicas em crianças e mulheres em outras terras indígenas, como a Mundurucu. A Terra Indígena Kayapó é a segunda mais afetada pela mineração ilegal, atrás apenas da Terra Indígena Sararé. A gestão atual não divulgou estimativas sobre o número de invasores ou de agentes envolvidos na operação, para não fornecer informações que possam ser úteis aos criminosos.
Desde o início de 2023, o governo Lula já realizou operações em várias terras indígenas, incluindo a Yanomami, onde a situação de saúde pública se agravou devido à presença de garimpeiros. A mobilização da sociedade civil é fundamental para apoiar as comunidades indígenas e promover ações que garantam a proteção de seus direitos e territórios. A união em torno dessa causa pode fazer a diferença na luta contra a exploração e em favor da preservação ambiental.

Comunidades quilombolas no Tocantins enfrentam invasões e desmatamento, resultando em conflitos fundiários e impactos na produção agrícola. A luta pela titulação de terras continua sem avanços significativos.

O governo federal concluiu encontros regionais para o Plano Nacional de Logística 2050, enfrentando desafios na integração de demandas socioambientais e na participação da sociedade civil. A fragilização do licenciamento ambiental pelo Senado pode impactar a eficácia do planejamento.

Censo revela que 11,8 milhões de pessoas residem em Unidades de Conservação no Brasil, com 131 mil em áreas onde a habitação é proibida, destacando a complexidade das ocupações e precariedades enfrentadas. A maioria é parda, com aumento de quilombolas e indígenas, evidenciando conflitos entre políticas ambientais e regularização fundiária.

Ministério do Trabalho firma convênio de R$ 15,8 milhões com a ONG Unisol para limpeza da terra yanomami, gerando polêmica sobre a gestão dos recursos e a seleção das entidades envolvidas. A Unisol, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, terá a responsabilidade de retirar resíduos e promover educação ambiental, mas as atividades só devem iniciar no segundo semestre.

Oliver Humberto Naves Blanco inicia curso gratuito em Presidente Prudente, abordando práticas de agricultura ecológica e regenerativa, visando melhorar a qualidade do solo e combater a mudança climática. O curso, que ocorre em junho, promove a autonomia produtiva e o resgate de saberes ancestrais, essencial para a saúde do solo e do planeta.

A cacica Juma Xipaia estreou como protagonista e produtora do documentário "Yanuni" no Festival de Tribeca, destacando sua luta pelos direitos indígenas e a proteção ambiental. O filme, coproduzido por Leonardo DiCaprio, aborda sua trajetória e desafios, além de criticar o marco temporal. Juma enfatiza a importância de fortalecer a medicina tradicional e a gestão ambiental em seu território, enquanto denuncia a pressão por mineração e outras ameaças.