Grupo de Trabalho apresenta 20 ações para proteger a Foz do Amazonas, incluindo a criação do Instituto Nacional da Foz do Rio Amazonas e um Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas, visando equilibrar exploração e conservação.

Um Grupo de Trabalho, composto por especialistas e representantes de diversas instituições, apresentou um conjunto de medidas para aumentar a proteção ambiental da Foz do Amazonas, onde a Petrobras planeja explorar blocos de petróleo. O documento, divulgado em 20 de agosto de 2025, propõe a criação do Instituto Nacional da Foz do Rio Amazonas (INFA) e a implementação de um Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas, com o objetivo de equilibrar a exploração econômica e a preservação ambiental.
O INFA será responsável pela produção científica e pela articulação do conhecimento sobre a região, identificando áreas frágeis e propondo medidas que conciliem atividades econômicas, como a pesca e a exploração de energia, com a preservação socioambiental. O Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas incluirá Corredores Ecológicos para espécies ameaçadas e Áreas de Desenvolvimento Sustentável, onde a extração de recursos naturais será permitida de forma sustentável.
O estudo, intitulado “Cenários Estratégicos para a Ampliação do Conhecimento Científico e Proteção da Biodiversidade da Foz do Rio Amazonas”, foi elaborado após seminários realizados em Belém e São Paulo, com a participação de mais de mil e quinhentos indivíduos, incluindo cientistas e representantes de comunidades tradicionais. O documento foi entregue ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e não se opõe à exploração da Petrobras, mas busca minimizar os danos potenciais.
O documento destaca a Foz do Amazonas como um patrimônio brasileiro de importância global, ressaltando a necessidade de ações concretas durante a COP 30 para demonstrar o compromisso do Brasil com a proteção desse ecossistema vital. O Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas é inspirado em iniciativas bem-sucedidas em outras regiões do Brasil, como os arquipélagos de São Pedro e São Paulo e de Trindade e Martim Vaz.
Além das propostas principais, o grupo sugere outras dezoito estratégias que abrangem conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e inclusão social. Entre elas, estão o fortalecimento da pesquisa em rede entre instituições da região norte e a promoção de um modelo econômico sustentável baseado na Economia Azul. A Foz do Rio Amazonas é um ecossistema crucial para a biodiversidade e a regulação do clima global, abrigando a maior floresta contínua de manguezais do mundo.
Com a presença de grandes reservas de petróleo e gás, a região também apresenta oportunidades para a geração de energia eólica offshore. A exploração deve ser realizada com cautela para não prejudicar o meio ambiente e as comunidades locais. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a proteção e o uso sustentável desse território estratégico.

Estudo revela que 96% dos bancos de rodolitos em Abrolhos estão desprotegidos, ameaçando a biodiversidade marinha. O Brasil precisa avançar na proteção de áreas marinhas, com apenas 26% de seu território protegido.

A jaguatirica apreendida pelo Ibama, que estava sob cuidados inadequados de uma influenciadora, gera polêmica com abaixo-assinados pedindo sua devolução, desconsiderando a legislação e riscos à fauna.

A temporada de observação de baleias-jubarte em Ilhéus, Bahia, atrai turistas com uma taxa de sucesso de 95% em avistamentos. Passeios guiados por biólogos promovem a conservação ambiental e doações significativas.

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, se reuniu com o papa Leão 14 para discutir a participação da Igreja Católica na COP30 em Belém. O embaixador do Brasil formalizou o convite ao papa, que pode visitar o evento.

Projeto-piloto no Pará utiliza chips para rastrear gado, buscando garantir carne sem desmatamento. Pecuaristas pedem apoio governamental para viabilizar a tecnologia e atender exigências internacionais.

O Brasil avança nas negociações do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pode captar até R$ 5 bilhões anuais, com assinatura prevista na COP30 em Belém. O fundo visa transformar o financiamento para a conservação florestal, envolvendo países investidores e comunidades tradicionais.