Representantes de 184 países não conseguiram um consenso sobre o tratado de poluição plástica em Genebra, refletindo a divisão entre nações produtoras de petróleo e aquelas que buscam restrições. Após 11 dias de negociações, o impasse foi considerado um revés, mas alguns países veem isso como um novo começo. A proposta de limitar a produção de plásticos e controlar produtos químicos tóxicos foi rejeitada por nações que defendem apenas regras de reciclagem. A crise da poluição plástica continua a exigir uma resposta global coordenada.
Após onze dias de intensas negociações em Genebra, representantes de cento e oitenta e quatro países não conseguiram firmar um tratado para combater a poluição plástica. As discussões, que se estenderam até as primeiras horas de sexta-feira, 15 de agosto, terminaram sem consenso. O negociador da Noruega declarou: "Não teremos um tratado para acabar com a poluição plástica aqui em Genebra." O impasse se deu principalmente em torno da proposta de reduzir a produção global de plástico e estabelecer controles legais sobre produtos químicos tóxicos.
A coalizão que defende a restrição inclui a União Europeia, Reino Unido, Canadá e diversas nações africanas e latino-americanas. Atualmente, cento e quarenta países já implementam algum tipo de restrição ao uso de plásticos, especialmente os descartáveis. No entanto, países produtores de petróleo e gás se opõem a limites na indústria, sugerindo que o tratado deve focar em reciclagem e gestão de resíduos, uma abordagem criticada por especialistas.
O último rascunho do tratado, que foi rejeitado, não incluía a restrição à fabricação, mas reconhecia que os níveis atuais de produção e consumo de plástico são "insustentáveis." Um trecho adicional afirmava que esses níveis superam as capacidades de gestão de resíduos e requerem uma resposta global coordenada. A falta de um escopo acordado foi um ponto de discórdia, com o negociador do Kuwait alertando sobre os riscos de um processo sem direção.
A delegação da China considerou o colapso das negociações um revés temporário, comparando a luta contra a poluição plástica a uma maratona. O representante de Cuba enfatizou a urgência de um tratado, afirmando que "perdemos uma oportunidade histórica." A comissária europeia Jessika Roswall, embora reconhecendo as limitações do rascunho, acredita que ele pode servir como base para futuras negociações.
As negociações em Genebra foram vistas como a última chance para um tratado juridicamente vinculante sobre poluição plástica, após tentativas semelhantes no ano anterior na Coreia do Sul que também não resultaram em acordo. Pequenos Estados insulares expressaram frustração com a falta de progresso, enquanto alguns países defendem a necessidade de unanimidade para um tratado eficaz, enquanto outros propõem decisões por votação.
Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, destacou que, apesar dos desafios, avanços significativos foram feitos. A produção de plástico global ultrapassa quatrocentas milhões de toneladas anualmente, com a previsão de crescimento de setenta por cento até dois mil e quarenta. Em meio a essa crise, é essencial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem mitigar os impactos da poluição plástica e promover soluções sustentáveis.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou um investimento de R$ 1,84 milhão para o sistema “Monitorando Águas”, que usará geotecnologias na revitalização de bacias hidrográficas. A iniciativa visa aumentar a transparência e eficiência nas ações, focando nos rios São Francisco e Parnaíba, e será executada pelo Instituto Avançado de Pesquisa e Estudos do Cerrado.
Uma baleia-azul foi avistada em Ilhabela, São Paulo, em um evento raro que levanta preocupações sobre sua saúde e a aproximação à costa. O Instituto Verde Azul investiga as causas desse fenômeno.
O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, foi declarado Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, destacando sua biodiversidade e a importância das comunidades locais na conservação. A decisão, anunciada durante a 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial em Paris, foi celebrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O parque, com mais de 56.500 hectares e 200 cavernas, abriga espécies ameaçadas e vestígios arqueológicos de até 12 mil anos. O reconhecimento reafirma o esforço das comunidades na proteção da biodiversidade, garantindo um legado para o futuro.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrenta resistência no Congresso após o veto de 63 dispositivos da nova lei de licenciamento ambiental pelo presidente Lula, que propõe um novo projeto. A ministra busca convencer os parlamentares sobre a importância de integrar avanços conceituais, mantendo a proteção ambiental e a agilidade no processo.
Dois homens foram flagrados descartando entulho no Parque Natural Municipal de Jacarenema, em Vila Velha. A Guarda Municipal optou por orientação em vez de multa, gerando polêmica nas redes sociais.
Estudo revela que o aquecimento global no Ártico aumenta toxinas de algas nas cadeias alimentares, ameaçando a vida marinha e comunidades locais, conforme pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.