A Câmara dos Deputados pode votar o Projeto de Lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental no Brasil, gerando riscos diplomáticos e comprometendo compromissos internacionais. Ambientalistas e empresários alertam sobre os impactos negativos da proposta, que pode prejudicar a imagem do país em eventos globais e afetar a proteção ambiental.

A Câmara dos Deputados pode votar nesta segunda-feira o Projeto de Lei 2.159/2021, que propõe alterações significativas no licenciamento ambiental no Brasil. Ambientalistas e organizações sociais alertam que a aprovação do PL pode não apenas causar danos ao meio ambiente, mas também comprometer a imagem do Brasil em compromissos internacionais. O Observatório do Clima, que reúne mais de 130 entidades, enviou uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacando os riscos diplomáticos associados à proposta.
O texto da carta ressalta que a alteração do sistema de controle e avaliação de impactos ambientais representa uma ameaça ao cumprimento de acordos internacionais, como o Acordo de Paris e a Convenção da Diversidade Biológica. Além disso, a proposta pode ferir a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas, ao reduzir a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) também pode ser afetada, uma vez que a desestruturação do licenciamento ambiental compromete a confiança entre os países da Amazônia. Isso pode prejudicar a cooperação regional e as estratégias conjuntas para combater o desmatamento e as mudanças climáticas. A proposta também desrespeita a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e o Protocolo de Montreal, agravando a poluição atmosférica.
Além disso, o Acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia pode estar em risco, pois o PL fere cláusulas socioambientais do tratado. Países que já se opuseram à ratificação do acordo podem alegar que o Brasil não está seguindo uma política ambiental adequada, o que pode impactar negativamente a posição do país em negociações internacionais.
O Observatório do Clima enfatiza que a nova legislação pode comprometer o papel de liderança do Brasil, especialmente com a proximidade da 30ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU, que ocorrerá em novembro em Belém. A entidade pede ao ministro que adie a votação para que o debate sobre as mudanças possa ser ampliado. Um manifesto assinado por mais de 350 organizações e movimentos sociais também foi enviado a lideranças da Câmara, solicitando o adiamento da votação.
Artistas e representantes de setores empresariais têm utilizado suas plataformas para alertar sobre os riscos do PL, que pode representar um retrocesso na proteção ambiental. A aprovação da proposta pode expor a imagem do Brasil em eventos internacionais e afetar interesses comerciais. É fundamental que a sociedade civil se una para promover discussões e ações que garantam um licenciamento ambiental que respeite tanto a Constituição quanto os compromissos internacionais assumidos pelo país.

O Brasil lançou a Coalização Global para o Planejamento Energético, visando compartilhar experiências e atrair investimentos em energias renováveis para países em desenvolvimento. A iniciativa, que ocorreu na sede do BNDES, reúne representantes de várias nações e instituições financeiras, destacando a expertise brasileira em planejamento energético. A transição energética é considerada um desafio crucial, especialmente com a COP30 se aproximando.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reestabelece a Educação Ambiental com a criação do Centro Nacional de Educação Ambiental (Cenea), após quase duas décadas de hiato. A iniciativa visa integrar ações educativas e capacitar comunidades, promovendo uma gestão pública mais consciente e sustentável.

Uma pesquisa do Instituto de Direito Coletivo (IDC) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta que 64% do rejeito das cooperativas de catadores no Rio é plástico não reciclável. O deputado Carlos Minc propõe uma lei para banir esses plásticos em cinco anos e remunerar os catadores.

A exposição “Mata Atlântica: in-finitos encantos” no Museu do Jardim Botânico promove a conservação ambiental com a doação de mudas de jacarandá-da-bahia e agora permite que visitantes plantem sementes de papo-de-peru.

Microplásticos, partículas plásticas de até 1 mm, foram encontrados em tecidos humanos, levantando preocupações sobre doenças respiratórias e neurodegenerativas. A ciência busca soluções, mas ações individuais são essenciais.

A jaguatirica apreendida pelo Ibama, que estava sob cuidados inadequados de uma influenciadora, gera polêmica com abaixo-assinados pedindo sua devolução, desconsiderando a legislação e riscos à fauna.