Renata Gil apresenta o conceito de "hipervulnerabilidade feminina", evidenciando a violência de gênero online e a urgência de responsabilizar plataformas digitais. A situação é alarmante, com quatro em cada dez mulheres brasileiras enfrentando assédio nas redes sociais.
A internet, que inicialmente prometeu liberdade, tornou-se um espaço hostil para muitas mulheres, transformando-se em um ambiente de assédio e silenciamento. Renata Gil, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, introduz o conceito de "hipervulnerabilidade feminina", que se refere à condição estrutural de risco desproporcional que mulheres enfrentam no ambiente digital. Essa hipervulnerabilidade resulta em uma exposição sistemática à violência de gênero, com dados alarmantes indicando que quatro em cada dez mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência online.
O cenário se agrava para mulheres negras e trans, que enfrentam uma realidade ainda mais severa. A dinâmica das redes sociais, impulsionada por algoritmos que priorizam o engajamento, favorece conteúdos que geram escândalo e ódio. Assim, mulheres que se posicionam politicamente ou denunciam agressões tornam-se alvos de ataques, e quanto mais tentam se defender, mais vulneráveis se tornam. Lawrence Lessig, professor de Harvard, destaca que a "política do ódio gera mais engajamento", sugerindo a necessidade de intervenções para proteger a democracia em um ambiente digital.
As consequências dessa hipervulnerabilidade são profundas, incluindo aumento da ansiedade, depressão e autocensura. Muitas mulheres se afastam das redes sociais ou desistem de participar de debates públicos por medo de represálias. A violência online se transforma em uma forma de controle social, silenciando vozes femininas e perpetuando a lógica patriarcal. Laura Bates, escritora e ativista, compartilha sua experiência de ser atacada online e revela a existência de comunidades misóginas que promovem comportamentos violentos, reforçando a urgência de intervenções educativas.
Nomear essa hipervulnerabilidade é um passo crucial para a transformação social. A conscientização sobre a dor coletiva pode levar a ações concretas, como a formação de coletivos e ativismo em casos públicos. Reconhecer a hipervulnerabilidade feminina como um fenômeno estrutural é fundamental para responsabilizar as plataformas digitais e exigir políticas de moderação que considerem a perspectiva de gênero. O ambiente digital deve ser um espaço seguro para todas as mulheres, onde possam se expressar com liberdade e dignidade.
As plataformas digitais, que poderiam ser aliadas na promoção da igualdade, muitas vezes reproduzem e amplificam a violência de gênero. A falta de responsabilização e a ausência de políticas eficazes agravam a situação. É essencial que a sociedade civil se una para exigir mudanças, promovendo um ambiente digital que respeite e proteja as mulheres. A criação de redes de acolhimento e a cobrança por legislação eficiente são passos necessários para combater essa realidade.
Nossa união pode ser a chave para transformar essa situação. Projetos que visam apoiar mulheres vítimas de violência online e promover a educação sobre respeito e igualdade devem ser incentivados. A mobilização da sociedade civil é fundamental para garantir que todas as mulheres possam existir nas redes com segurança e dignidade, contribuindo para um futuro mais justo e igualitário.
O Projeto Residência Artística Ruth de Souza oferece dez bolsas de R$ 1 mil para mulheres que foram empregadas domésticas, promovendo oficinas de teatro entre 29 de setembro e 5 de outubro de 2025. As inscrições vão até 31 de agosto de 2025.
A Universidade das Quebradas lançou o curso "Suassuna Quebradeiro" em 2024, promovendo a formação de escritores periféricos no Rio de Janeiro, que é a Capital Mundial do Livro. A iniciativa visa dar voz à periferia e já resultou na publicação de obras.
A revitalização do Centro de Niterói, com investimento de R$ 1 bilhão, visa reocupar a área e combater a gentrificação, destacando o retrofit do Prédio da Caixa como símbolo dessa transformação.
O Brasil avança na saúde com o projeto do primeiro hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), financiado em US$ 320 milhões pelo Novo Banco do Desenvolvimento. A iniciativa, liderada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visa integrar tecnologia e saúde digital, promovendo um centro de excelência em saúde digital em São Paulo. O projeto inclui a construção de um edifício sustentável de 150 mil m² e a criação de uma rede de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) inteligentes em todo o país.
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP lançou o projeto Livros da Floresta, com 131 obras de autoria indígena, promovendo a diversidade e o acesso à literatura indígena. O projeto visa preservar a produção documental indígena e facilitar o acesso a pesquisadores, destacando a importância da literatura indígena no Brasil.
Paulo Hoff, oncologista da Rede D'Or, destaca que 60% dos pacientes com câncer no Brasil podem ser curados, enfatizando a importância do diagnóstico precoce em seu curso na CasaFolha.