Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, se reuniu com o papa Leão 14 para discutir a participação da Igreja Católica na COP30 em Belém. O embaixador do Brasil formalizou o convite ao papa, que pode visitar o evento.
O papel da Igreja Católica na COP30, cúpula sobre meio ambiente marcada para novembro em Belém, foi discutido em audiência entre o papa Leão 14 e o arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, no Palácio Apostólico do Vaticano. Dom Jaime, que também preside o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), destacou a importância da presença da Igreja no evento e os desdobramentos futuros para o Brasil.
Durante a audiência, Dom Jaime explicou que a conversa se concentrou nas iniciativas do Celam, da CNBB e de outras conferências episcopais de diferentes continentes, visando a participação da Igreja em Belém. Ele ressaltou o trabalho colaborativo que está sendo realizado para preparar a presença da Igreja na cúpula e as implicações que isso terá no Brasil.
Dom Jaime também mencionou que a possibilidade de uma visita do papa a Belém foi discutida, mas que um convite formal deve ser tratado entre o governo brasileiro e a Santa Sé. O embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Everton Vieira Vargas, formalizou o convite ao papa em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um encontro no Vaticano.
Especula-se que o papa Leão 14 poderia incluir Belém em sua agenda como parte de uma viagem ao Peru, onde possui laços significativos, tendo sido missionário e bispo da diocese de Chiclayo. A presença do papa na COP30 poderia trazer visibilidade e apoio às questões ambientais discutidas no evento.
Além de Dom Jaime, o secretário-geral do Celam, monsenhor Lizardo Estrada Herrera, também participou da audiência com o papa. A colaboração entre as diversas entidades e a Igreja Católica é vista como um esforço importante para abordar as questões ambientais de forma mais eficaz e integrada.
Em tempos em que as questões ambientais se tornam cada vez mais urgentes, a união de esforços pode ser crucial. Projetos que visem apoiar iniciativas sustentáveis e a preservação do meio ambiente devem ser incentivados pela sociedade civil, promovendo um futuro mais consciente e responsável.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou sua pior crise ambiental, com chuvas que afetaram 2,3 milhões de pessoas e resultaram em 173 mortes, revelando falhas na gestão urbana e ambiental. Pesquisadores do Cemaden e da Unesp publicaram um estudo que analisa as causas da tragédia, destacando a combinação de eventos climáticos extremos e urbanização desordenada.
A Embrapa Meio Ambiente lançou o livro "Efeitos dos usos do solo sobre insetos de ambientes aquáticos brasileiros", coordenado por Kathia Sonoda, com 37 autores. A obra, gratuita e em formato digital, destaca a importância dos insetos aquáticos no biomonitoramento e nas políticas públicas.
Pesquisadores da UFSCar e Unesp revelam que florestas secundárias na Mata Atlântica são 61% mais vulneráveis ao fogo, enquanto florestas maduras têm 57% menos suscetibilidade, exigindo políticas de conservação específicas.
O Brasil implementará sua primeira barreira SABO em Nova Friburgo, com investimento superior a R$ 20 milhões, visando conter deslizamentos e estudar movimentos de massa. A obra é fruto de cooperação entre Brasil e Japão.
A Organização Meteorológica Mundial alerta que há 80% de chance de um recorde anual de calor nos próximos cinco anos, com riscos crescentes para saúde e ecossistemas. O relatório destaca a possibilidade alarmante de um ano com temperatura 2 °C acima dos níveis pré-industriais antes de 2030.
A pesquisa Datafolha de abril de 2025 revela que 9% dos brasileiros não acreditam nos riscos das mudanças climáticas, um aumento em relação ao ano anterior. Apesar disso, 58% valorizam a atuação de organizações ambientais, especialmente entre os jovens.