Indígena Kokama de 29 anos denuncia estupros em série por policiais durante detenção em condições inadequadas. O caso, que envolve abusos enquanto amamentava, gera investigações e pedido de indenização.
Uma mulher indígena da etnia Kokama, de 29 anos, denunciou ter sido vítima de estupros em série enquanto esteve detida na 53ª Delegacia de Santo Antônio do Içá, no interior do Amazonas. Os abusos ocorreram durante o período em que ela amamentava seu filho recém-nascido, que permaneceu com ela na cela por quase dois meses. A prisão aconteceu em 11 de novembro de 2022, após uma denúncia de violência doméstica, mas a mulher foi mantida em condições inadequadas, sem cela feminina disponível.
De acordo com a denúncia, a mulher foi colocada em uma cela com homens, onde os abusos começaram. Os relatos indicam que os estupros foram cometidos por quatro policiais militares e um guarda municipal. A situação se agravou com a falta de assistência médica e psicológica, mesmo durante a gravidez, o que deveria garantir a ela o direito à prisão domiciliar.
Após meses de silêncio, a indígena relatou os abusos somente após ser transferida para a Unidade Prisional Feminina de Manaus, em agosto de 2023. A defesa da mulher ingressou com uma ação de indenização contra o Estado, solicitando R$ 500 mil pelos danos sofridos. A petição inicial menciona que um juiz visitou a delegacia antes do Natal de 2022 e constatou irregularidades, mas a ordem de transferência não foi cumprida.
Os abusos ocorreram em várias áreas da delegacia, incluindo a cela, a cozinha e uma sala onde eram guardadas armas. A defesa afirma que a mulher foi forçada a consumir bebida alcoólica com os policiais durante os episódios de violência. A situação foi mantida em sigilo até que o caso ganhasse repercussão na mídia.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e a Polícia Civil informaram que um procedimento foi instaurado para investigar as denúncias. A Polícia Militar também abriu um inquérito policial militar, que está em fase final de apuração. O Ministério Público do Amazonas acompanha o caso e garantiu suporte à vítima, que busca reparação por danos morais e materiais.
Essa situação alarmante destaca a necessidade de apoio a vítimas de violência e a importância de um sistema de justiça que proteja os direitos humanos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que casos como esse não sejam esquecidos e que as vítimas recebam a assistência necessária para sua recuperação e reintegração.
O cinema brasileiro se destaca com a estreia de "A Melhor Mãe do Mundo", de Anna Muylaert, em 7 de agosto. A trama, protagonizada por Shirley Cruz e Seu Jorge, aborda a luta contra a violência doméstica. Shirley, que já enfrentou essa realidade, se preparou intensamente para o papel, convivendo com catadoras de lixo e realizando treinamento físico. O filme promete inspirar mulheres a denunciarem abusos e buscar liberdade.
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou o Projeto de Lei 93/25, que visa aprimorar o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na atenção primária à saúde. O relator, deputado Márcio Honaiser, destacou a importância da formação de profissionais para identificar e tratar o TEA, além de garantir serviços de referência no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta, que altera a Lei Berenice Piana, ainda precisa passar por outras comissões antes de ser votada na Câmara e no Senado.
O vídeo de Felipe Bressanim Pereira, o Felca, sobre "adultização infantil" gerou grande repercussão, com mais de 31 milhões de visualizações e 29 propostas na Câmara dos Deputados. O tema uniu partidos de diferentes espectros políticos em busca de proteção às crianças nas redes sociais.
A exposição "Dignidade e Luta" no IMS em Poços de Caldas celebra a vida de Laudelina de Campos Mello, heroína da pátria e ativista pelos direitos das trabalhadoras domésticas. A mostra reúne obras de 41 artistas negros e discute desigualdade racial e de gênero, destacando a luta histórica de Laudelina e os desafios atuais enfrentados por essa categoria. A entrada é gratuita e a exposição ficará em cartaz até 14 de setembro de 2025, antes de seguir para São Paulo.
Seis estados da Amazônia Legal estão entre os dez com mais casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2023, com Rondônia liderando. O Unicef aponta um aumento alarmante de 26,4% nos casos de estupro na região.
Squel Jorge, ícone do carnaval carioca, oferecerá oficinas gratuitas de bailado de porta-bandeira em dez locais do Rio de Janeiro, de maio a agosto, focando em mulheres a partir dos 14 anos, especialmente jovens negras e em vulnerabilidade social.