Impacto Social

Instituto Meca transforma estaleiro em polo de arte e cultura com exposição ‘Entre corpos’ no MAC Niterói

A exposição "Entre corpos", no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, apresenta obras de artistas do Instituto Meca, explorando ancestralidade e justiça social até 24 de agosto. Com curadoria de Nathália Grilo, a mostra destaca a transformação de um espaço industrial em um polo criativo, promovendo a arte como ferramenta de mudança social.

Atualizado em
July 17, 2025
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Frequentadores observam uma das obras em exibição na mostra — Foto: Divulgação

Pincéis, tintas e instalações coexistem com guindastes e navios na Ilha da Conceição, em Niterói. Este cenário inusitado abriga o Instituto Meca, uma iniciativa que se destaca como um centro de arte, cultura, sustentabilidade e educação. O instituto, localizado em um casarão colonial português do século XVIII, oferece um programa de residência em artes visuais, proporcionando a artistas de diversas regiões do Brasil um espaço para criação e intercâmbio cultural.

Até 24 de agosto, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) recebe a exposição "Entre corpos", com curadoria de Nathália Grilo. A mostra apresenta obras de artistas que participaram das residências no Meca, incluindo esculturas, instalações, pinturas, vídeos e performances. Os trabalhos exploram temas como ancestralidade, meio ambiente, subjetividade, memória e justiça social, buscando não apenas representar, mas também interagir criticamente com o mundo.

Eduardo Mac Laren, diretor de sustentabilidade do grupo, enfatiza que o Instituto Meca vai além de ser um espaço para artistas. Ele se propõe a ser um agente de transformação cultural e social. Além do programa de residência, o instituto promove oficinas para a comunidade em áreas como gastronomia e educação financeira, além de ações ambientais, como o reflorestamento de uma área de cem mil metros quadrados no Morro da Ilha da Conceição.

Entre os artistas em destaque na exposição estão Carla Santana, que explora o corpo e a argila; Rayana Rayo, que aborda memória e autoconhecimento; Mariana Rocha, que investiga a relação entre corpo, água e natureza; e Iagor Peres, que questiona a relação da matéria com o espaço. Essas obras já estão ganhando reconhecimento em importantes instituições, como a Pinacoteca de São Paulo e o Instituto Inhotim, em Minas Gerais.

Nathália Grilo, curadora da exposição, destaca que as obras são expressões materiais dos universos internos dos artistas. Ela afirma que não se trata apenas de representação, mas de presença, com um diálogo profundo entre corpo, território, ancestralidade e transformação. A mostra está aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 18h, com ingressos a R$ 16, sendo gratuita para moradores de Niterói às quartas-feiras.

Iniciativas como a do Instituto Meca são fundamentais para o fortalecimento da arte contemporânea e da cultura local. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, apoiando projetos que promovem a arte e a educação, além de ações que visam a sustentabilidade e a inclusão social. Essa é uma oportunidade para todos se envolverem e contribuírem para um futuro mais criativo e transformador.

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