Juíza Vanessa Cavalieri alerta sobre o aumento de infrações virtuais entre adolescentes e a urgência de regular as redes sociais para proteger a nova geração. Ela destaca a necessidade de monitoramento parental e ações contra o bullying.
A juíza Vanessa Cavalieri, atuando na Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, identificou um aumento preocupante nas infrações virtuais entre adolescentes. Em entrevista, ela destacou a urgência de regular as redes sociais e a importância do monitoramento parental, especialmente após casos trágicos de mortes relacionadas a desafios virais. Cavalieri enfatiza que a negligência em relação ao sofrimento de jovens é inaceitável e que é necessário ir além da condenação de infratores.
Com mais de dez anos de experiência, a juíza percebeu que muitos adolescentes que cometem infrações são vítimas de bullying e vêm de famílias disfuncionais. Esses jovens, muitas vezes, se sentem abandonados e encontram acolhimento em grupos extremistas na internet. Cavalieri alerta que a falta de supervisão digital permite que esses adolescentes se exponham a conteúdos prejudiciais, como discursos de ódio e pornografia infantil.
Os casos de infrações virtuais têm aumentado desde 2019, especialmente durante a pandemia. Cavalieri relata que, embora não sejam considerados crimes, as infrações incluem racismo, ameaças e divulgação de imagens explícitas. A juíza defende que a abordagem deve ser de responsabilização e práticas restaurativas, em vez de punições severas, promovendo a reflexão e a reintegração dos jovens à sociedade.
Além disso, Cavalieri propõe que as escolas adotem medidas contra o bullying e que os pais monitorem as atividades online dos filhos. Ela sugere que a privacidade na internet é uma ilusão e que os adolescentes precisam de supervisão, assim como não estariam sozinhos na rua. A instalação de aplicativos de controle e a proibição de conteúdos inadequados são algumas das recomendações feitas pela juíza.
A regulação das redes sociais é vista como uma questão urgente. Cavalieri apoia o Projeto de Lei 2628, que visa proteger crianças e adolescentes no ambiente virtual. Ela critica a inação das plataformas em remover conteúdos prejudiciais e destaca a necessidade de verificação etária para o uso de redes sociais. Para ela, a violência é um sintoma de necessidades não atendidas, e é fundamental abordar essas questões para prevenir novas agressões.
O trabalho de Cavalieri reflete a necessidade de uma rede de proteção para os jovens. Projetos que promovem a conscientização e a educação sobre o uso seguro da internet podem fazer a diferença. A união da sociedade civil é essencial para apoiar iniciativas que visem proteger e orientar as novas gerações, garantindo um ambiente mais seguro e saudável para todos.
A Administração Regional do Plano Piloto revogou a Ordem de Serviço nº 83/2025, que restringia o uso de quadras esportivas públicas, após forte oposição da comunidade e conselhos locais. A nova decisão visa promover diálogo e revisão das normas.
O Instituto Pretos Novos lançará o circuito “Mercado a Mercado” em 26 de julho, conectando os mercados de escravizados da Rua Direita e do Valongo, promovendo uma reflexão sobre a história da escravidão no Rio de Janeiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que eleva a cota de vagas para negros, indígenas e quilombolas em concursos públicos federais de 20% para 30%. A medida visa promover maior diversidade na administração pública.
O governo brasileiro, por meio da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), busca reduzir desigualdades regionais e promover um desenvolvimento equilibrado em áreas prioritárias como o Semiárido e a Faixa de Fronteira.
No dia 17 de julho, a Folha promove um seminário gratuito em São Paulo sobre as políticas públicas para doenças crônicas, reunindo especialistas e apresentando pesquisa inédita sobre a percepção dos brasileiros. O evento visa discutir as limitações atuais e buscar soluções para o aumento de doenças como diabetes, obesidade e Alzheimer no Brasil.
O programa AgroAmigo, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, oferece R$ 1 bilhão em microcrédito a juros de 0,5% ao ano, beneficiando mais de 100 mil famílias agricultoras. Agricultores familiares, indígenas e extrativistas podem solicitar até R$ 35 mil, com prazos de até três anos para pagamento e bônus de adimplência de até 40%.