Líderes católicos entregaram um "chamado por justiça climática" ao Papa Leão 14, criticando o "capitalismo verde" e exigindo que países ricos paguem sua dívida ecológica na COP30 em Belém. A mensagem destaca a necessidade de uma transição energética justa e rechaça soluções que mercantilizam a natureza.

Líderes católicos entregaram um "chamado por justiça climática" ao Papa Leão 14, representando os países em desenvolvimento. O documento, assinado por conferências e conselhos episcopais da América Latina, África e Ásia, foi elaborado para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém em novembro. O texto critica o "capitalismo verde", descrevendo-o como uma alteração da narrativa que favorece interesses dominantes, sem abordar as causas do colapso ambiental.
O Papa Francisco já havia enfatizado a necessidade de mudanças substanciais em relação ao meio ambiente, afirmando que é preciso superar a lógica de apenas se mostrar sensível ao problema. O documento também questiona "falsas soluções", como a mercantilização da natureza, e pede que nações ricas paguem sua dívida ecológica, abandonem combustíveis fósseis e promovam uma transição energética justa.
A mensagem destaca a importância de reparar perdas e danos sem aumentar a dívida dos países do Sul Global, promovendo resiliência na África, América Latina, Caribe, Ásia e Oceania. O texto menciona a encíclica "Laudato Si", publicada há dez anos por Francisco, e clama por "coragem profética" para que Leão 14 mantenha seu compromisso com a dignidade humana e a justiça climática.
A iniciativa reflete a crescente preocupação da Igreja Católica com questões ambientais. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Jaime Spengler, afirmou que Francisco deixará um legado de uma igreja mais comprometida com a causa ambiental. O Papa, que faleceu em abril, promoveu o Sínodo da Amazônia em 2019 e lançou a encíclica "Laudato Si", que defende a proteção da natureza.
O discurso preparado por Spengler para o Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) destaca a voz dos povos amazônicos e das comunidades que enfrentam ameaças ambientais. Ele menciona uma campanha recente para defender esses grupos, enfatizando que a vida está em risco devido à exploração ambiental.
Além disso, o documento critica a "financeirização da natureza", que inclui mercados de carbono e a exploração de recursos naturais sem consulta prévia. O cardeal envolvido na entrega do documento afirma que a conversão ecológica é um chamado do Evangelho, reforçando a urgência da ação em prol do meio ambiente. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a enfrentar os desafios climáticos e a promover um futuro mais sustentável.

Ibama autoriza testes de vazamento em Oiapoque, mas licença para perfuração na Margem Equatorial ainda não foi concedida. Petrobras afirma ter atendido exigências de segurança, mas debate sobre riscos ambientais persiste.

A COP 30 em Belém enfrenta desafios significativos, com Tasso Azevedo alertando sobre a contradição entre a busca por um plano de eliminação de combustíveis fósseis e o interesse do Brasil em explorar petróleo na Margem Equatorial.

Um filhote de rolinha-do-planalto nasceu em cativeiro pela primeira vez no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, como parte de um projeto de conservação da espécie criticamente ameaçada. A iniciativa, que envolve parcerias com a Save Brasil e o ICMBio, visa garantir a sobrevivência da ave, que possui apenas cerca de 20 indivíduos na natureza. O sucesso da reprodução em cativeiro representa um avanço significativo para o manejo da espécie e a possibilidade de reintrodução no habitat natural.

Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante nas queimadas, com 30 milhões de hectares devastados, 62% acima da média histórica, destacando a Amazônia como o bioma mais afetado. O relatório do MapBiomas Fogo revela que a Amazônia e o Pantanal sofreram as maiores destruições, com a Amazônia respondendo por 52% da área queimada. A situação exige ações urgentes para mitigar os impactos das queimadas e proteger a biodiversidade.

A Geomit, joint venture da Mitsui Gás e Energia do Brasil e da Geo biogas & carbon, firmou um memorando com a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool para construir uma planta de biogás em Uberaba (MG). O projeto utilizará resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e bagaço, para produzir biometano, contribuindo para a sustentabilidade e o escoamento do gás renovável na região.

O setor de energia renovável no Brasil deve representar 40% das fusões e aquisições em 2025, com a Engie investindo R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre e R$ 11,6 bilhões até 2027. A recente aprovação da regulamentação para energia eólica offshore abre novas oportunidades, enquanto a Engie se destaca com projetos significativos e uma matriz elétrica limpa, visando 95% de energia renovável até 2030.