A Novelis, líder em reciclagem de alumínio, enfrenta o desafio de reter sucata no Brasil para aumentar a produção interna. A empresa investiu R$ 1,2 bilhão e visa 750 mil toneladas de alumínio reciclado até 2024.

Três anos após o Brasil atingir a marca histórica de reciclar quase 100% das latas de alumínio para bebidas, a Novelis, líder mundial em reciclagem de alumínio, enfrenta um novo desafio: reter a sucata de alumínio no país. Em entrevista à EXAME, Roberta Soares, presidente da Novelis América do Sul, destacou que a exportação de sucata é o principal obstáculo para o ciclo completo de reciclagem no Brasil. "Precisamos garantir que a sucata fique no Brasil para seguir aumentando o uso de fontes recicladas", afirmou.
A Novelis já utiliza mais de 80% de matéria-prima reciclada em seus produtos, um avanço significativo no setor. A empresa estabeleceu a meta de elevar esse percentual para 85% até 2030. Roberta Soares comentou que a transição de 33% para 80% foi desafiadora, mas bem-sucedida. Agora, a empresa busca superar um novo patamar, que é ainda mais complexo, pois quanto maior o percentual de reciclagem, mais difícil se torna o processo.
Para enfrentar esses desafios, a Novelis investiu R$ 1,2 bilhão na expansão de sua capacidade produtiva e planeja destinar mais R$ 450 milhões até o final deste ano. A expectativa é que, até 2024, a produção de alumínio reciclado alcance 750 mil toneladas. O impacto da reciclagem na economia brasileira é significativo, injetando cerca de R$ 6 bilhões anualmente e gerando empregos para mais de 800 mil catadores de recicláveis.
A Novelis mantém 14 centros de coleta de alumínio em todo o Brasil, próximos aos catadores e pequenos fornecedores, garantindo a eficiência do processo de reciclagem. "Trabalhamos para que a reciclagem ocorra de maneira eficiente e que todos no processo se beneficiem da economia circular", afirmou Roberta Soares. A empresa também colabora com cooperativas, oferecendo suporte para melhorar a gestão e as condições de trabalho dos catadores.
Com a COP30 se aproximando, a Novelis planeja usar o evento para destacar o impacto positivo de suas ações no Brasil. A empresa já tem iniciativas programadas para promover boas práticas ambientais. "A COP30 será uma grande oportunidade para reforçar nosso compromisso com o ESG. Queremos mostrar como o Brasil tem sido um líder nesse processo", disse Roberta.
A reciclagem de alumínio é uma prática que economiza 95% de energia e reduz em 95% as emissões de gases de efeito estufa em comparação à produção de alumínio primário. O alumínio reciclado pode ser reutilizado indefinidamente sem perder suas propriedades. Projetos que promovem a reciclagem e a economia circular merecem apoio, pois podem transformar a realidade de muitos catadores e contribuir para um futuro mais sustentável.
O preço do café arábica disparou 70% em 2024, refletindo os impactos das mudanças climáticas nas lavouras brasileiras. Produtores enfrentam perdas e buscam novas técnicas para adaptação.

Líderes católicos entregaram um "chamado por justiça climática" ao Papa Leão 14, criticando o "capitalismo verde" e exigindo que países ricos paguem sua dívida ecológica na COP30 em Belém. A mensagem destaca a necessidade de uma transição energética justa e rechaça soluções que mercantilizam a natureza.

Um decreto do governador do Amazonas, Wilson Lima, permite a regularização de desmatamentos ilegais, gerando preocupações entre pesquisadores e ambientalistas sobre a grilagem de terras. A medida pode reduzir a reserva legal de 80% para 50%, favorecendo a ocupação de áreas sensíveis, como Terras Indígenas. Especialistas alertam que a legalização de áreas desmatadas consolida crimes ambientais, enquanto o governo defende a regularização como forma de recuperação da vegetação nativa.

A cientista Mariangela Hungria foi a primeira mulher brasileira a conquistar o Prêmio Mundial de Alimentação em 2025, por sua pesquisa inovadora que substitui fertilizantes químicos por bactérias, aumentando a produtividade da soja em 8%.

A COP30, em novembro de 2025 em Belém (PA), pode marcar um novo paradigma ao discutir que 30% dos alimentos servidos venham da agricultura familiar local, injetando R$ 3,3 milhões na economia regional. A proposta, apoiada por diversas entidades, visa promover práticas sustentáveis e fortalecer a produção local, refletindo a diversidade da Amazônia.

Cubatão, antes um dos locais mais poluídos do mundo, agora é referência em sustentabilidade. O município recebeu o Selo de Cidade Verde do Mundo da ONU, destacando suas políticas de arborização e recuperação ambiental. Essa transformação é resultado de iniciativas como o Plano Municipal de Arborização Urbana e projetos que preservam ecossistemas locais.