Meio Ambiente

Curupira é escolhido mascote da COP30, simbolizando a proteção das florestas e a cultura indígena brasileira

O Curupira, protetor das florestas, foi escolhido como mascote da COP30 em Belém, gerando críticas de Nikolas Ferreira. O governo busca recursos para combater incêndios após recordes de queimadas em 2022.

Atualizado em
July 3, 2025
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Arte do Curupira como mascote da COP30 — Foto: Reprodução

O Curupira foi anunciado como o mascote oficial da COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro. Essa figura mítica do folclore brasileiro é reconhecida como protetora das florestas e dos animais, destacando-se por seus cabelos vermelhos, que simbolizam o fogo, e pelos pés virados para trás, que servem para despistar seus rastros. A escolha do Curupira gerou críticas, especialmente do deputado federal Nikolas Ferreira, que ironizou a decisão em suas redes sociais.

Ferreira, conhecido por sua oposição às políticas ambientais do governo, comentou que o Curupira "anda para trás e pega fogo". No entanto, segundo a lenda, os pés do Curupira não o fazem andar para trás, mas sim ocultam suas pegadas, criando um caminho diferente. O Curupira também possui a habilidade de se transformar em "fogo-vivo" para proteger as florestas de caçadores e ameaças.

A escolha do Curupira como mascote reflete uma tentativa do governo brasileiro de se conectar com os povos tradicionais, especialmente em um evento que é chamado de "COP das Florestas". Em 2022, o Brasil enfrentou um recorde de queimadas, com trinta milhões de hectares afetados, mas neste ano, os números têm mostrado uma queda significativa, conforme reportado por O GLOBO.

Para combater os incêndios, o governo federal lançou o Projeto Manejo Integrado do Fogo, que visa aprimorar a estrutura dos Corpos de Bombeiros e brigadas no Cerrado e no Pantanal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que as queimadas nos últimos anos causaram grandes catástrofes ambientais, exigindo ações mais eficazes.

Em 2022, o Brasil registrou um aumento de sessenta e dois por cento nas queimadas em relação à média histórica desde mil novecentos e oitenta e cinco. No entanto, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o primeiro semestre de 2025 teve uma redução de quarenta e seis por cento no número de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou os esforços do governo no combate às queimadas, lembrando que o orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi cortado pelo Congresso, que também reduziu os recursos solicitados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em tempos de crise ambiental, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção das florestas e a preservação do meio ambiente.

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