Estudo revela que a série "Os 13 porquês" correlaciona-se com um aumento de 28,9% nos suicídios adolescentes nos EUA. Especialistas discutem a representação do suicídio na mídia e suas consequências sociais.
O livro "Os 13 porquês", lançado em 2007, e sua adaptação para a Netflix em 2017, geraram intensos debates sobre a representação do suicídio e a saúde mental, especialmente entre adolescentes. A obra, que aborda temas como bullying, luto e depressão, apresenta a história de Hannah Baker, uma jovem que decide acabar com sua vida e deixa fitas cassete explicando suas razões. Essa narrativa provocou reações diversas de especialistas, pais e educadores, preocupados com o impacto que poderia ter sobre os jovens.
Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry revelou um aumento de 28,9% na taxa de suicídio entre adolescentes em abril de 2017, um mês após o lançamento da série. Embora os pesquisadores tenham sugerido uma correlação, eles também enfatizaram que a relação causal entre o conteúdo da série e o aumento de casos ainda precisa ser investigada mais a fundo. Essa situação destaca a importância de discutir a saúde mental de forma responsável e informada.
A literatura sobre suicídio não é nova. Em 1774, "Os sofrimentos do jovem Werther", de Johann Wolfgang von Goethe, gerou um fenômeno semelhante entre os jovens da época, levando a um aumento de suicídios. O impacto da obra foi tão significativo que resultou em sua proibição em algumas cidades. A primeira análise científica da relação entre mídia e suicídio ocorreu em 1974, quando o sociólogo David Phillips introduziu o conceito de efeito Werther, demonstrando que a cobertura midiática de suicídios poderia levar a um aumento nos casos registrados.
Desde então, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou diretrizes para a cobertura do tema, que incluem evitar linguagem sensacionalista e divulgar detalhes que possam influenciar comportamentos. No Brasil, o artigo 122 do Código Penal trata do induzimento ao suicídio, podendo ser aplicado a veículos de mídia que contribuam para essa prática. A literatura contemporânea, como o artigo "Tarde demais para morrer jovem", de Rodolfo Rorato Londero, reflete uma nova abordagem sobre o suicídio, discutindo-o sem romantização.
Autoras e autores contemporâneos têm explorado o tema com sensibilidade, como Aline Bei em "O peso do pássaro morto" e Raphael Montes em "Suicidas". A escrita de Montes, por exemplo, aborda o suicídio em um contexto de suspense, mostrando que até mesmo a literatura de entretenimento pode tratar o assunto com responsabilidade. Clarice Lispector, em "A hora da estrela", também insinua a desistência da vida em suas narrativas, revelando a complexidade do tema.
Essas obras demonstram que a literatura pode ser uma ferramenta poderosa para discutir questões sociais e psicológicas relacionadas ao suicídio. Ao trazer esses temas à tona, a literatura contribui para a construção de uma sociedade mais consciente e empática. Nessa perspectiva, iniciativas que promovam a discussão e a prevenção do suicídio devem ser apoiadas, pois podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas que enfrentam dificuldades.
Malvino Salvador e Kyra Gracie viralizaram com um vídeo de autodefesa, alertando sobre relacionamentos abusivos após um caso de violência doméstica. O casal promove educação emocional e técnicas de proteção.
Projeto de lei propõe centros de apoio 24 horas para mulheres vítimas de violência no DF. A iniciativa, do deputado Hermeto (MDB), visa oferecer atendimento especializado e acolhimento imediato, atendendo a uma demanda urgente na região. Os centros serão instalados em áreas com altos índices de violência, com equipes multidisciplinares disponíveis a qualquer hora.
A exposição "Paiter Suruí, gente de verdade" no IMS, em São Paulo, reúne mais de 900 fotografias que retratam a cultura e a história do povo Paiter Suruí desde os anos 1970. As imagens, coletadas na Terra Indígena Sete de Setembro, foram feitas por indígenas e revelam a evolução do uso da fotografia em suas comunidades. A mostra, que ficará em cartaz até novembro, é uma iniciativa do Coletivo Lakapoy e destaca a importância da documentação visual na preservação da identidade cultural.
O youtuber Felca denunciou a "adultização infantil", gerando repercussão e levando o deputado Vinicius Cozzolino a protocolar um projeto de lei na Alerj para combater essa prática. A proposta visa proteger crianças e adolescentes, promovendo campanhas educativas e proibindo conteúdos sexualizados. A discussão ganhou força após Felca expor casos de exploração infantil nas redes sociais, com vídeos que alcançaram milhões de visualizações.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu o polo do Noroeste do Paraná, totalizando 18 polos de Agricultura Irrigada no Brasil, beneficiando diversos produtores rurais. A diretora Larissa Rêgo destacou a importância da proximidade com os agricultores para entender suas dificuldades e promover uma política pública que alavanque a produção sustentável de alimentos.