Movimento literário indígena ganha força no Brasil, com novos autores como Ailton Krenak na Academia Brasileira de Letras e iniciativas como "Leia Mulheres Indígenas", promovendo a diversidade cultural e a valorização da identidade indígena.

A literatura indígena no Brasil, historicamente marginalizada, começa a ganhar destaque com novos autores e iniciativas que promovem suas vozes. O reconhecimento da plurietnicidade na Constituição de mil novecentos e oitenta e oito foi um marco importante, permitindo que escritores indígenas se afirmassem como cidadãos brasileiros sem perder suas identidades. A escritora Trudruá Dorrico, da etnia Macuxi, destaca que esse movimento literário busca mostrar a complexidade da vida indígena, que é frequentemente ignorada ou substituída por narrativas ocidentais.
Dorrico, que tem se dedicado a mapear obras de autores indígenas, aponta que a promulgação da Constituição foi fundamental para o surgimento de escritores indígenas, com as primeiras publicações ocorrendo entre os anos oitenta e noventa. Autores como Kaka Werá e Daniel Munduruku foram pioneiros nesse cenário. Além disso, a lei onze mil seiscentos e quarenta e cinco de dois mil e oito, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura indígena nas escolas, ajudou a democratizar o acesso a essa literatura nas salas de aula.
A pandemia de covid-dezenove também teve um impacto positivo, aumentando o interesse por autores indígenas. Ailton Krenak, por exemplo, fez história ao se tornar o primeiro indígena eleito para a Academia Brasileira de Letras em dois mil e vinte e três. Dorrico ressalta que a literatura indígena não se limita a temas folclóricos, mas abrange uma variedade de assuntos, permitindo que os autores expressem suas experiências e visões de mundo.
Para conhecer mais sobre a literatura indígena, Dorrico sugere que os leitores busquem obras de diversos autores, como Lia Minápoty, Yaguarê Yamã e Tiago Hakiy. Ela enfatiza que a oralidade é uma forma de sobrevivência para os povos indígenas, que muitas vezes não têm registros escritos devido à colonização. A conexão com a terra e a floresta é outro aspecto fundamental, pois os povos indígenas mantêm uma relação milenar com seu território.
O diálogo entre a literatura indigenista, que utiliza elementos das etnias brasileiras, e a nova literatura indígena é essencial. Dorrico observa que obras clássicas, como "Iracema" e "Macunaíma", embora importantes, não podem ser vistas isoladamente, pois omitem muitas realidades contemporâneas. Autores atuais, como Auritha Tabajara, desafiam as representações coloniais e oferecem novas perspectivas sobre suas culturas.
O crescente reconhecimento da literatura indígena é um sinal positivo, mas ainda há muito a ser feito. Dorrico destaca a importância de incluir essa literatura em provas e concursos, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para que mais pessoas tenham acesso a essas vozes. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar e promover projetos que valorizem a literatura indígena e suas ricas tradições.
A iniciativa Polos de Agricultura Irrigada, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, visa atender às necessidades dos agricultores e fortalecer a produção irrigada no Brasil. A estratégia busca articular ações entre governo e setor produtivo, promovendo inovação e aumento da competitividade.

Durante a Flip 2025, a mesa "Pertencer, transformar" reuniu Verenilde Pereira e Astrid Roemer para discutir literatura, pertencimento e opressão, destacando a violência contra mulheres indígenas. As autoras refletiram sobre a função da literatura em resgatar vozes silenciadas e questionaram a opressão patriarcal em suas obras.

O Balanço Ético Global (BEG), lançado em 17 de junho pelo Brasil e pela ONU, destaca a ética nas decisões climáticas e busca incluir vozes marginalizadas, enfatizando a urgência de agir em prol da justiça social e ambiental.

Aislan Pankararu, artista e médico, destaca-se em exposições em São Paulo e Brasília, recebendo o Prêmio PIPA por sua arte que conecta sua cultura indígena e o sertão nordestino.

A Universidade Federal do Pará (UFPA) será sede da "Aldeia COP", que acolherá mais de três mil indígenas durante a Conferência das Partes (COP 30) em Belém, promovendo debates sobre justiça climática. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que essa será a maior participação indígena na história da COP, com representantes de diversos países da bacia amazônica. A iniciativa visa garantir diálogos diretos com autoridades e ampliar a presença e a qualidade da participação indígena nos debates climáticos.

Hospitais estão implementando receitas médicas eletrônicas para evitar erros de interpretação, melhorando a segurança dos pacientes e modernizando a prática médica. A caligrafia ilegível dos médicos, resultado da pressão do dia a dia e da complexidade da terminologia, é um problema reconhecido que pode ter consequências graves.