Manaus enfrenta uma grave crise ambiental com a urbanização acelerada, resultando na perda de árvores nativas e aumento das temperaturas, que chegaram a 39,2°C. A escassez de áreas verdes compromete a saúde da população e a biodiversidade local.
Manaus enfrenta sérios desafios devido à urbanização acelerada, que resultou na perda de diversas espécies nativas, como ipês e andirobas, e na escassez de áreas verdes urbanas. Recentemente, a cidade registrou temperaturas recordes de 39,2°C, agravando as ilhas de calor e impactando a saúde da população e a biodiversidade local.
A urbanização de Manaus, moldada por uma lógica colonial, não se harmonizou com a floresta ao redor. As ruas estreitas e a falta de calçadas dificultam a presença de árvores de grande porte. A cidade, que deveria ser um emblema de harmonia entre o natural e o urbano, enfrenta a perda de espécies nativas, com algumas sobrevivendo apenas em áreas protegidas, como a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que apenas 44,8% da área urbana de Manaus possui cobertura arbórea, colocando a cidade entre as menos arborizadas do Brasil. A escassez de áreas verdes amplia as desigualdades socioambientais, com mais da metade da população vivendo em ruas sem árvores. Apesar de iniciativas recentes de arborização, como o Plano Diretor de Arborização Urbana, os resultados ainda são insatisfatórios.
A ausência de vegetação contribui para o aumento das ilhas de calor, onde as temperaturas são significativamente mais altas. O climatologista Leonardo Vergasta explica que a vegetação urbana regula a umidade do ar e oferece conforto ambiental. A perda dessa cobertura vegetal compromete o equilíbrio climático, tornando a cidade mais vulnerável a extremos de calor, afetando principalmente grupos vulneráveis, como idosos e crianças.
Além disso, a urbanização descontrolada impacta a fauna local, como o sauim-de-coleira, que teve sua população reduzida em 80% desde 1997. A fragmentação do habitat dificulta os deslocamentos dos animais, aumentando o risco de atropelamentos e outros perigos. O biólogo Marcelo Gordo destaca a importância de um planejamento urbano que considere a preservação da vegetação nativa, essencial para a sobrevivência de espécies ameaçadas.
O cenário atual exige ações integradas para mitigar os efeitos do calor extremo e promover a arborização urbana. A falta de investimento e planejamento adequado agrava a situação, com a população clamando por mais áreas verdes. A união da sociedade civil pode ser fundamental para reverter essa realidade, garantindo um futuro mais sustentável e saudável para Manaus.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro Waldez Góes assinarão a ordem de serviço para duplicação da estação de bombeamento EBI-3, aumentando a capacidade de abastecimento no Nordeste. A cerimônia ocorrerá em Salgueiro, Pernambuco, e beneficiará 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas, como parte da iniciativa Caminho das Águas.
Secas severas podem reduzir em até 95% o valor calórico do néctar das flores, impactando polinizadores e culturas como a abobrinha, segundo estudo da Universidade Estadual Paulista. A pesquisa destaca a urgência de abordar a escassez de água e suas consequências para a biodiversidade e a agricultura.
Em São Paulo, o projeto PlantArte transforma a ciclovia do Rio Pinheiros em uma galeria de arte "pedalável", unindo arte e sustentabilidade com obras de 25 artistas e árvores frutíferas. A iniciativa, que celebra o Dia do Meio Ambiente, visa democratizar o acesso à arte e promover a preservação ambiental.
O Brasil enfrenta a pior seca em 45 anos, com chuvas reduzidas a 850 mm, impactando a energia e a agricultura. O iCS lançará o Hub de Economia & Clima para promover pesquisas sobre essas interações.
Ibama finaliza vistorias na Ferrovia Centro Atlântica na Bahia, identificando falhas de segurança e conservação. Ações visam prevenir acidentes e mitigar riscos ambientais.
O desmatamento na Amazônia aumentou 92% em maio de 2025, com 960 km² devastados, sendo 51% devido a queimadas, revelando uma nova realidade climática alarmante. O ministro João Paulo Capobianco destaca que a situação é crítica e reflete o impacto das mudanças climáticas.