Luciana Correia Vuyk, aos 45 anos, tornou-se mãe de gêmeas por meio da ovodoação, superando a infertilidade e agora promove campanhas sobre doação de gametas e maternidade. Ela busca desmistificar a ovodoação e apoiar outras tentantes.
A ovodoação se tornou um caminho viável para a maternidade tardia, como exemplificado por Luciana Correia Vuyk, que se tornou mãe de gêmeas aos 45 anos. Após quase quatro anos de tentativas frustradas devido à baixa reserva ovariana, Luciana decidiu pela ovodoação, um gesto solidário que permite a mulheres que não podem usar seus próprios óvulos a chance de gerar filhos. Essa escolha foi marcada por desafios emocionais e a necessidade de desconstruir preconceitos sobre maternidade.
Luciana, que antes se dedicava à carreira de publicitária e não se via como mãe, enfrentou a realidade da infertilidade e buscou diversas formas de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). Ao perceber que a maternidade vai além da biologia, ela se permitiu amar de uma nova forma. A doação de óvulos surgiu como uma possibilidade real, levando-a a repensar suas crenças sobre o que significa ser mãe.
O processo de aceitação da ovodoação não foi simples. Luciana lidou com medos, como a reação da família e o preconceito que poderia enfrentar. Ela temia que seus filhos não fossem amados da mesma forma que os sobrinhos, devido à forte ligação com a árvore genealógica presente em sua família nordestina. Além disso, a falta de informação e redes de apoio na época a deixaram em um estado de solidão, dificultando sua jornada.
Um momento decisivo ocorreu quando Luciana começou a cuidar de uma gata de rua chamada Mocha. Essa experiência a fez perceber que o amor não está atrelado ao DNA. Ao cuidar de Mocha, Luciana entendeu que poderia amar um filho gerado por outra mulher, levando-a a aceitar a ovodoação como uma forma de construir sua família. Hoje, ela é mãe das gêmeas Gabrielle e Isabella, de sete anos, e se tornou uma defensora da causa, criando campanhas e conteúdos informativos sobre doação de gametas.
Atualmente, Luciana é uma referência para outras mulheres que enfrentam a infertilidade. Ela criou a campanha Dia de Doar, que busca desmistificar a ovodoação e promover a preservação da fertilidade. Além disso, escreveu livros infantis que abordam a doação de gametas de forma leve e acessível, e está prestes a lançar um podcast chamado ÓvuCast, que abordará temas relacionados à reprodução assistida.
O ginecologista Agnaldo Viana, especialista em Reprodução Humana, explica que a ovodoação é indicada quando a qualidade ou quantidade dos óvulos da paciente é insuficiente, algo comum em mulheres acima dos 40 anos. Ele ressalta que a taxa de sucesso da ovodoação é de cerca de setenta por cento, mas que o processo pode ser custoso. É fundamental que a sociedade compreenda que a maternidade vai além da genética, e que o amor e o cuidado são o que realmente definem os laços familiares. A união em torno dessa causa pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que buscam formar uma família.
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O palacete do Parque Lage, no Rio de Janeiro, iniciará sua primeira reforma em quase cem anos, visando melhorias estruturais e de acessibilidade, enquanto a Escola de Artes Visuais restringirá o acesso turístico durante a semana. As obras, com custo de R$ 21,4 milhões, devem ser concluídas até junho de 2026 e incluem a recuperação do edifício histórico e a criação de novas salas de aula. O restaurante será fechado e a visitação será discutida com a comunidade.
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