Pesquisadores da Ufal e da Universidade do Havaí encontraram microplásticos em placentas e cordões umbilicais de gestantes brasileiras, levantando preocupações sobre a saúde fetal e a gestão de resíduos.

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade do Havaí em Mānoa identificaram microplásticos em placentas e cordões umbilicais de gestantes brasileiras. O estudo, publicado na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências, revela a presença de 110 partículas de microplásticos nas placentas de dez gestantes e 119 partículas nos cordões umbilicais de oito delas. Essa descoberta levanta preocupações sobre os riscos à saúde fetal, uma vez que as partículas podem atravessar a barreira placentária.
Os pesquisadores destacam que, embora as consequências dessa exposição precoce ainda não sejam totalmente compreendidas, a detecção de microplásticos em tecidos placentários é alarmante. O experimento foi realizado em hospitais de Maceió, onde os tecidos foram cuidadosamente coletados e analisados por espectroscopia Micro-Raman, uma técnica que permite identificar a composição química das micropartículas.
Os microplásticos, que são partículas menores que cinco milímetros, derivam da degradação de objetos plásticos no meio ambiente. Eles estão presentes em alimentos e no ar, podendo ser ingeridos ou inalados, acumulando-se em órgãos humanos como pulmões e cérebro. Estudos anteriores já haviam detectado microplásticos em outros órgãos, mas esta é a primeira pesquisa a documentar sua presença em placentas de gestantes brasileiras.
A pesquisa também destaca a desigualdade social, uma vez que as mulheres participantes pertencem a comunidades de menor status socioeconômico, que enfrentam maior exposição a contaminantes ambientais. Em Alagoas, 75% do lixo encontrado na orla é plástico, o que pode contaminar peixes e frutos do mar consumidos pela população local. Além disso, a falta de tratamento de água faz com que muitos moradores dependam de água engarrafada, que pode liberar microplásticos devido à exposição à radiação UV.
A exposição crônica a microplásticos está associada a diversas condições de saúde, incluindo inflamações crônicas e doenças neurodegenerativas. Estudos recentes indicam que a presença de microplásticos em tecidos cerebrais pode estar relacionada a casos de demência. A pesquisa em Maceió reforça a necessidade urgente de ações para melhorar a gestão de resíduos e monitorar a contaminação por microplásticos em alimentos e água.
Essa situação exige uma mobilização da sociedade civil para enfrentar os desafios impostos pela poluição plástica. Projetos que visem a melhoria da gestão de resíduos e a conscientização sobre os riscos dos microplásticos podem fazer a diferença na saúde das comunidades vulneráveis. A união em torno de iniciativas que promovam alternativas ao plástico tradicional é fundamental para proteger a saúde da população e do meio ambiente.

A população afrodescendente foi reconhecida pela primeira vez em documentos da convenção do clima da ONU, destacando suas vulnerabilidades nas negociações sobre transição justa. O Brasil e outros países da América Latina pressionaram por essa inclusão, que representa um avanço significativo nas discussões sobre justiça social e direitos humanos.

O Ibama participou do Treinamento Pré-Antártico 2025, promovido pela Marinha, capacitando 144 profissionais sobre proteção ambiental na Antártica. A ação reforça o compromisso do Brasil com a preservação do continente.

A secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, criticou a empresa do Aterro Ouro Verde por sua inação em meio a problemas ambientais graves, enquanto o governo realiza ações emergenciais. Durante visita ao local, Vulcanis destacou que o governo está desobstruindo o rio e fornecendo água às comunidades afetadas. A empresa será responsabilizada por danos significativos, incluindo contaminação do solo e perdas agrícolas.

Ibama intensifica fiscalização na BR-319, resultando em apreensões de equipamentos de desmatamento, multas superiores a R$ 8 milhões e embargo de 1.600 hectares de áreas desmatadas ilegalmente. A operação visa combater crimes ambientais e proteger a Amazônia.

O uso de tecnologia e ciência cidadã tem impulsionado a identificação de baleias-jubarte na Antártida, promovendo sua conservação e engajando o público em sua proteção. A plataforma Happywhale, com mais de 112 mil registros, permite que turistas e pesquisadores contribuam para o monitoramento desses cetáceos, essenciais para a saúde dos oceanos.

O Inmet emitiu alertas de "perigo potencial" de geada no Sul e chuvas intensas no Norte do Brasil. Temperaturas variam de 6ºC em Porto Alegre a 35ºC em Campo Grande e Palmas, com risco de alagamentos.