O uso de tecnologia e ciência cidadã tem impulsionado a identificação de baleias-jubarte na Antártida, promovendo sua conservação e engajando o público em sua proteção. A plataforma Happywhale, com mais de 112 mil registros, permite que turistas e pesquisadores contribuam para o monitoramento desses cetáceos, essenciais para a saúde dos oceanos.
Observar baleias-jubarte nas águas antárticas é mais do que um simples encontro com esses gigantes do oceano; é uma chance de explorar suas histórias e adaptações ao longo do tempo. Nos últimos vinte anos, a população de jubartes na região tem se recuperado de forma impressionante, após décadas de quase extinção devido à caça comercial. Esse renascimento ocorre em paralelo com avanços tecnológicos e esforços colaborativos sem precedentes na pesquisa marinha.
Um dos principais desafios na conservação e estudo dessas baleias é a identificação precisa de cada indivíduo. Os cientistas utilizam uma característica única das jubartes: suas flacas, que são as grandes caudas que exibem durante o mergulho. Assim como impressões digitais humanas, as flacas possuem padrões distintos, como a forma das bordas, pigmentações, cicatrizes de encontros com orcas ou redes de pesca e a presença de cracas. Esses detalhes permitem a identificação de cada baleia e a reconstrução de suas histórias e comportamentos ao longo do tempo.
Esse método inovador ganhou força com o uso de fotografia, inteligência artificial e o envolvimento do público, especialmente através de plataformas como a Happywhale. Criada por pesquisadores, incluindo o ecologista marinho Ted Cheeseman, a plataforma convida turistas e entusiastas a enviar imagens das flacas que avistaram. Essas fotos são comparadas automaticamente com um banco de dados global que contém mais de 112 mil indivíduos identificados, utilizando algoritmos treinados para reconhecimento, mesmo quando cicatrizes desaparecem ou a pigmentação muda.
Além do reconhecimento automático, o processo conta com a seleção humana, o que garante a integridade dos dados e mantém o vínculo entre o observador e a baleia, promovendo a ciência cidadã. Essa conexão emocional é fundamental para engajar o público e fomentar um sentimento de responsabilidade em relação a esses animais, que enfrentam ameaças como colisões com embarcações, mudanças climáticas e poluição sonora dos oceanos.
A colaboração entre tecnologia, ciência tradicional e participação pública transformou o estudo das baleias-jubarte de uma abstração distante em uma experiência concreta e humana. Conhecer cada baleia como um indivíduo permite entender como fatores ambientais específicos afetam populações e gerações, informações cruciais para o desenvolvimento de estratégias de conservação. As águas da Antártida, onde esses estudos ocorrem, são uma das últimas “fronteiras selvagens” do planeta, com um equilíbrio ecológico delicado e de importância global.
Com parcerias entre universidades, instituições científicas e empresas de expedição, pesquisadores retornam regularmente à região para ampliar o conhecimento sobre a migração, comportamento e saúde dos mamíferos marinhos. Nessa situação, nossa união pode ajudar a preservar esses magníficos animais e garantir que as futuras gerações também possam se maravilhar com a beleza das baleias-jubarte.
A jaguatirica apreendida pelo Ibama, que estava sob cuidados inadequados de uma influenciadora, gera polêmica com abaixo-assinados pedindo sua devolução, desconsiderando a legislação e riscos à fauna.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo otimizaram a farinha de sementes de girassol para enriquecer pães com proteínas e antioxidantes, promovendo saúde e sustentabilidade. A inovação pode transformar subprodutos em ingredientes funcionais.
Transpetro firmou acordo de R$ 24,47 milhões para reparar danos ambientais causados por vazamento de petróleo em 2015, além de doar embarcações ao Corpo de Bombeiros e Samu. O investimento visa a recuperação da baía de Ilha Grande.
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Um estudo inédito revelou que ondas de calor extremo, impulsionadas pelo aquecimento global, reduziram em até 38% as populações de aves tropicais entre 1950 e 2020. A pesquisa, publicada na revista Nature Ecology and Evolution, destaca a necessidade urgente de estratégias de conservação que incluam medidas contra eventos climáticos extremos, além da criação de áreas protegidas.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos publicou a Opinião Consultiva 32, exigindo que Estados protejam direitos humanos frente às mudanças climáticas, com foco em grupos vulneráveis e participação cidadã.