Saúde e Ciência

Ministério da Saúde amplia tratamento de queimaduras no SUS com transplante de membrana amniótica

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão do transplante de membrana amniótica no tratamento de queimaduras pelo SUS, visando acelerar a cicatrização e aliviar dores. A medida, que representa um avanço significativo, deve ser implementada em até 180 dias.

Atualizado em
June 24, 2025
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O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (23), a inclusão do transplante de membrana amniótica no tratamento de queimaduras pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa nova abordagem visa acelerar a cicatrização das lesões, além de diminuir infecções e dores. A membrana amniótica, um tecido obtido durante o parto com o consentimento das doadoras, atua como uma barreira protetora contra bactérias, reduzindo a formação de cicatrizes hipertróficas e queloides.

A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Patrícia Freire, destacou que "a membrana amniótica é um curativo muito potente". Ela enfatizou que, além de promover a cicatrização, a terapia também proporciona alívio da dor, representando um avanço significativo na humanização do tratamento. Este procedimento inovador foi aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em 9 de maio de 2025.

Com a publicação da portaria, as áreas técnicas têm um prazo de até 180 dias para implementar a nova terapia no SUS. Os critérios para a seleção das doadoras serão divulgados em setembro, no novo Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes. Essa inovação se soma a outras melhorias recentes no sistema, incluindo a inclusão de transplantes de intestino delgado e multivisceral na tabela do SUS.

Nos últimos cem dias, o Sistema Nacional de Transplantes também passou por diversas atualizações, como a alteração dos valores para reabilitação em casos de falência intestinal e a criação de novos procedimentos, como o ecocardiograma para doadores de coração. Além disso, foram designados membros para as 13 Câmaras Técnicas Nacionais, que abrangem áreas essenciais para a captação e doação de órgãos e tecidos.

A incorporação do transplante de membrana amniótica representa um passo importante na evolução dos tratamentos oferecidos pelo SUS, refletindo o compromisso do Ministério da Saúde com a inovação e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Essa nova terapia pode transformar o tratamento de queimaduras, oferecendo uma alternativa mais eficaz e menos dolorosa para os pacientes.

Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que apoiem a recuperação de vítimas de queimaduras e incentivando a doação de tecidos. Projetos que visem a melhoria do tratamento e a humanização do cuidado são essenciais e merecem o apoio da sociedade civil.

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