O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um aplicativo com inteligência artificial para auxiliar na preparação do Enem e a possibilidade de correção da prova por IA no futuro. O MEC também discute novas diretrizes para a educação a distância.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o Ministério da Educação (MEC) lançará um aplicativo com inteligência artificial para auxiliar os estudantes na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em entrevista à Rádio Eldorado, ele afirmou que a correção da prova poderá ser feita por IA no futuro, destacando que “não há mais retorno” em relação às novas tecnologias. As inscrições para o Enem terminam nesta sexta-feira, 6, e as provas ocorrerão nos dias 9 e 16 de novembro.
Este ano, alunos do 3º ano do ensino médio da rede pública estão automaticamente pré-inscritos, necessitando apenas validar a inscrição no site do MEC. A prova também voltará a servir como certificação para aqueles que não concluíram o ensino médio. Atualmente, as questões de múltipla escolha são corrigidas por tecnologia que lê o cartão resposta, enquanto as redações são avaliadas por professores com base em critérios específicos.
Recentemente, o governo de São Paulo iniciou um projeto piloto que utiliza IA para corrigir tarefas de alunos em escolas estaduais. O assistente de correção compara as respostas dos estudantes com soluções esperadas elaboradas por professores. Essa tecnologia será aplicada em questões dissertativas, respondidas em um aplicativo da secretaria da educação, refletindo uma tendência crescente de integrar tecnologia nas salas de aula.
Camilo Santana também mencionou que o MEC está discutindo novas diretrizes curriculares com o Conselho Nacional de Educação (CNE) para incluir a IA no ensino. Ele enfatizou a importância de garantir que todos os alunos tenham acesso a computadores e internet nas escolas, afirmando que “esse é o mundo atual” e que não haverá retorno em relação a isso.
Sobre as novas regras para a educação a distância no ensino superior, o ministro afirmou que o decreto presidencial ainda está aberto a mudanças. Ele reconheceu que há demandas de entidades de classe em relação à autorização de cursos da área da Saúde para oferecer parte do currículo a distância, enquanto outros cursos, como Medicina, permanecem 100% presenciais.
Camilo destacou a necessidade de garantir que as Licenciaturas tenham pelo menos cinquenta por cento das aulas presenciais, apesar da flexibilidade permitida pelo decreto. Ele defendeu que essa medida é essencial para assegurar uma formação de qualidade. Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a educação e o acesso a recursos tecnológicos para todos.

Estão abertas as inscrições para 92 cursos gratuitos de inverno na FFLCH da USP, com 7.385 vagas disponíveis. As aulas começam em 31 de julho e são destinadas a maiores de 18 anos, com sorteio para as vagas.

A segunda parcela do programa Pé-de-Meia será paga a alunos do ensino médio regular até 30 de abril. O incentivo, que visa combater a evasão escolar, é de R$ 1.800, dividido em nove parcelas de R$ 200, condicionado a 80% de frequência. Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também receberão entre 23 e 30 de abril, com pagamentos de R$ 900 em quatro parcelas. O programa busca promover igualdade no acesso à educação e ao mercado de trabalho.

Inscrições abertas para 144 vagas em engenharia na Unesp até 6 de maio. Cursos gratuitos no campus de Ilha Solteira têm taxa de R$ 210.

A progressão continuada, adotada por diversas redes de ensino, gera polêmica sobre sua eficácia, enquanto estudos recentes mostram que a reprovação prejudica mais do que ajuda o aprendizado. Pesquisas indicam que a recuperação pedagógica é mais eficaz que a reprovação, que pode levar à evasão escolar e aumentar desigualdades. Especialistas defendem a realocação de recursos para reforço educacional.

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) agora oferece cursos gratuitos e online na Coursera, democratizando o acesso ao ensino de qualidade em engenharia. A iniciativa visa ampliar a formação técnica e profissional no Brasil.

A proibição do uso de celulares nas escolas visa melhorar a atenção dos alunos, mas especialistas alertam que é necessário educar sobre o uso responsável da tecnologia. Fabio Campos destaca a importância de uma educação midiática que aborde saúde mental e discernimento de informações.