Educação

Ministro da Educação anuncia uso de inteligência artificial na correção do Enem e novo app para estudantes

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um aplicativo com inteligência artificial para auxiliar na preparação do Enem e a possibilidade de correção da prova por IA no futuro. O MEC também discute novas diretrizes para a educação a distância.

Atualizado em
August 4, 2025
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Camilo Santana diz que regras para educação a distância ainda podem mudar Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o Ministério da Educação (MEC) lançará um aplicativo com inteligência artificial para auxiliar os estudantes na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em entrevista à Rádio Eldorado, ele afirmou que a correção da prova poderá ser feita por IA no futuro, destacando que “não há mais retorno” em relação às novas tecnologias. As inscrições para o Enem terminam nesta sexta-feira, 6, e as provas ocorrerão nos dias 9 e 16 de novembro.

Este ano, alunos do 3º ano do ensino médio da rede pública estão automaticamente pré-inscritos, necessitando apenas validar a inscrição no site do MEC. A prova também voltará a servir como certificação para aqueles que não concluíram o ensino médio. Atualmente, as questões de múltipla escolha são corrigidas por tecnologia que lê o cartão resposta, enquanto as redações são avaliadas por professores com base em critérios específicos.

Recentemente, o governo de São Paulo iniciou um projeto piloto que utiliza IA para corrigir tarefas de alunos em escolas estaduais. O assistente de correção compara as respostas dos estudantes com soluções esperadas elaboradas por professores. Essa tecnologia será aplicada em questões dissertativas, respondidas em um aplicativo da secretaria da educação, refletindo uma tendência crescente de integrar tecnologia nas salas de aula.

Camilo Santana também mencionou que o MEC está discutindo novas diretrizes curriculares com o Conselho Nacional de Educação (CNE) para incluir a IA no ensino. Ele enfatizou a importância de garantir que todos os alunos tenham acesso a computadores e internet nas escolas, afirmando que “esse é o mundo atual” e que não haverá retorno em relação a isso.

Sobre as novas regras para a educação a distância no ensino superior, o ministro afirmou que o decreto presidencial ainda está aberto a mudanças. Ele reconheceu que há demandas de entidades de classe em relação à autorização de cursos da área da Saúde para oferecer parte do currículo a distância, enquanto outros cursos, como Medicina, permanecem 100% presenciais.

Camilo destacou a necessidade de garantir que as Licenciaturas tenham pelo menos cinquenta por cento das aulas presenciais, apesar da flexibilidade permitida pelo decreto. Ele defendeu que essa medida é essencial para assegurar uma formação de qualidade. Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a educação e o acesso a recursos tecnológicos para todos.

Estadão
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