Universidades federais brasileiras enfrentam cortes orçamentários severos, com investimentos em infraestrutura caindo 41,5% entre 2023 e 2024, retrocedendo a níveis de 2012. É crucial garantir sua sustentabilidade.

As universidades federais brasileiras enfrentam um desafio contínuo em relação à instabilidade nos repasses de recursos, que variam conforme a orientação política do governo federal. Dados do painel Financiamento da Ciência & Tecnologia e das Universidades Federais mostram que, após um ciclo de expansão entre 2003 e 2016, os orçamentos dessas instituições sofreram cortes significativos durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Este último, em particular, apoiou propostas que visam a cobrança de mensalidades e promoveu uma desvalorização das universidades públicas.
Em 2023, houve um aumento no orçamento das universidades, com incrementos de 24,7% em ações de manutenção e funcionamento, 34,1% em infraestrutura e 10,6% em assistência estudantil em comparação ao ano anterior. No entanto, em 2024, essa tendência de crescimento foi interrompida. Os recursos destinados à manutenção e funcionamento das instituições aumentaram menos de um terço do que haviam crescido no ano anterior, resultando em níveis de investimento inferiores aos de 2012.
A situação se agrava com a queda de 41,5% nos investimentos em infraestrutura entre 2023 e 2024, levando o volume de recursos ao segundo pior nível de toda a série histórica. Essa retração orçamentária compromete a capacidade das universidades de atender às demandas educacionais e de pesquisa, essenciais para o desenvolvimento do país.
As universidades federais são consideradas patrimônio do povo brasileiro e devem ser tratadas como uma política de Estado, não de governo. A importância estratégica dessas instituições não pode ser ignorada, especialmente em um contexto onde o investimento em educação, ciência e tecnologia é fundamental para o progresso social e econômico.
É crucial que o campo progressista, atualmente no poder, tome a iniciativa de criar marcos normativos que protejam o orçamento das universidades e garantam sua sustentabilidade. A defesa de um financiamento robusto e contínuo é vital para que essas instituições possam cumprir sua missão de formar cidadãos e produzir conhecimento.
Nessa conjuntura, a união da sociedade civil é essencial para garantir que as universidades possam continuar a desempenhar seu papel. Projetos que visam apoiar a educação e a pesquisa devem ser estimulados, pois são fundamentais para o futuro do Brasil. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença e assegurar que as universidades federais permaneçam fortes e acessíveis a todos.

Brasil não atingiu a meta de alfabetização infantil, com apenas 59,2% das crianças de 7 anos alfabetizadas. Enchentes no Rio Grande do Sul impactaram negativamente, enquanto São Paulo e sua capital mostraram avanços.

Em 2024, 59,2% das crianças do segundo ano do ensino fundamental no Brasil foram consideradas alfabetizadas, superando 2023, mas abaixo da meta de 60%. O desempenho foi afetado pela tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Escola Classe 502, inaugurada em fevereiro de 2023 no Itapoã Parque, oferece educação de qualidade a 800 crianças, rompendo mais de uma década sem novas escolas na região.

O podcast Mundaréu lançou a série “Conexão”, apresentada por adolescentes de escolas públicas de Campinas, abordando temas como invisibilidade e tecnologias. A iniciativa é parte de um projeto de iniciação científica e visa explorar o uso da internet por jovens.

A Câmara dos Deputados votará o projeto de lei 6.461, que cria o Estatuto do Aprendiz, visando aumentar o número de jovens aprendizes de 600 mil para 1,1 milhão. O projeto propõe cotas de contratação, multas por descumprimento e regulamenta o uso de EAD na formação.

O Brasil enfrenta um déficit de mão de obra qualificada na Revolução 4.0, com a necessidade de formar 14 milhões de trabalhadores até 2027, impactando a competitividade industrial. A falta de profissionais capacitados, especialmente em Tecnologia da Informação, é alarmante, com 81% dos empregadores enfrentando dificuldades. A mudança de interesse dos jovens pela indústria para o empreendedorismo agrava a situação.