Censo Escolar 2024 revela queda de 220 mil matrículas no ensino fundamental, evidenciando a urgência de políticas como o programa Escola das Adolescências para reverter a evasão escolar.

Os anos finais do ensino fundamental, que abrangem do 6º ao 9º ano, são uma fase crucial na transição para a adolescência, com estudantes entre 11 e 14 anos se preparando para o ensino médio. No entanto, o Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), revela uma queda alarmante de 220 mil matrículas na rede pública nessa etapa, contribuindo para um declínio geral de 310 mil na educação básica. Essa situação destaca a fragilidade do sistema educacional, que já vinha se deteriorando desde 2022.
Embora os dados de 2024 sobre reprovação e evasão ainda não estejam disponíveis, análises anteriores indicam que metade dos alunos chega ao 9º ano com trajetórias irregulares. A desigualdade é um fator agravante, com apenas 52% dos estudantes nascidos entre 2000 e 2005 concluindo o ensino fundamental na idade apropriada. Entre os alunos pretos, esse índice é de 42%; em escolas vulneráveis, 39%; indígenas, 23%; e estudantes com deficiência, 22%, conforme a pesquisa “A permanência importa”, do Observatório da Fundação Itaú.
Atualmente, cerca de 9 milhões de jovens não completaram o ensino básico e estão fora da escola, muitos abandonando antes de ingressar no ensino médio. A pandemia exacerbou essas fragilidades, afetando especialmente os estudantes que enfrentaram dificuldades nos anos iniciais ou na transição do 5º para o 6º ano. Sem as habilidades básicas, como leitura e operações matemáticas, a jornada educacional se torna ainda mais desafiadora.
Políticas de recomposição de aprendizagem estão sendo implementadas para fortalecer essas bases, mas requerem tempo e investimento para evitar que mais jovens fiquem para trás. O programa Escola das Adolescências, que recebeu R$ 100 milhões em investimentos, representa um avanço significativo, mas ainda é modesto em comparação aos R$ 12 bilhões destinados ao programa Pé-de-Meia, voltado ao ensino médio. A iniciativa oferece materiais e capacitação para educadores, além de recursos diretos para as escolas.
A educação em tempo integral se apresenta como uma solução promissora, com currículos dinâmicos e atividades culturais e esportivas. O Censo indica um aumento nas matrículas em tempo integral, mas a cobertura ainda é insuficiente. Para reverter esse cenário, é essencial a colaboração entre estados, municípios e o governo federal, visando fortalecer o programa Escola das Adolescências e sua integração com outras iniciativas educacionais.
A queda nas matrículas exige metas específicas e mais investimentos, sem comprometer outras etapas da educação. Os anos finais do ensino fundamental são um período crucial no desenvolvimento dos adolescentes e merecem atenção e valorização. A mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que esses jovens tenham acesso a uma educação de qualidade e oportunidades de crescimento.

O Sesi-São Paulo lança programas como Passaporte para o Futuro, Universitário e Futuro Professor, visando reverter o desinteresse educacional de 8,9 milhões de jovens no Brasil. Essas iniciativas oferecem bolsas e apoio financeiro, promovendo a conexão dos estudantes com suas aspirações e o mercado de trabalho.

As inscrições para a Prova Nacional Docente (PND) estão abertas até 25 de julho, com aplicação em 26 de outubro, visando avaliar professores recém-formados e estudantes de Licenciaturas em mais de 1,2 mil municípios e 15 estados.

Governo do Distrito Federal lança programa Incentiva DF, oferecendo bolsas de R$ 200 mensais a jovens para combater a evasão escolar e promover autonomia social. A iniciativa visa atender 650 jovens inicialmente, com expansão prevista para 2 mil beneficiários.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie lançou uma série de cursos gratuitos, presenciais e online, em áreas como Tecnologia e Gestão, com certificação para participantes que alcançarem nota mínima. A iniciativa visa promover a inclusão educacional e o desenvolvimento de competências essenciais, permitindo que pessoas de todas as idades e formações ampliem seus conhecimentos e melhorem suas oportunidades profissionais.

Ministério da Saúde estende prazo para propostas do PET-Saúde até 14 de outubro, recebendo 86 inscrições. Novo edital focará em Institutos Federais para inovação em saúde digital.

Haleon divulga estudo que revela que 74% dos brasileiros enfrentam barreiras no acesso à saúde, destacando a urgência de políticas inclusivas e a promoção do autocuidado.