O bônus regional, essencial para o acesso de estudantes de áreas com menos oportunidades ao curso de medicina, foi suspenso em várias universidades após decisão do STF, mas a Ufac decidiu mantê-lo. Matheus Santiago, aluno da Ufac, destaca que a medida é crucial para reduzir a evasão e garantir a permanência de estudantes locais. A universidade, que criou um processo seletivo próprio, busca equilibrar as condições de concorrência.

O bônus regional, criado para facilitar o acesso de estudantes de áreas com menor qualidade educacional a cursos de medicina, enfrenta desafios após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a bonificação na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A medida, que visava reduzir desigualdades no desempenho do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi contestada por um candidato que não pôde se matricular devido à sua localização geográfica. O STF considerou que o critério territorial não se sustenta como ação afirmativa legítima.
Após a decisão do STF em 21 de maio de 2024, várias universidades federais suspenderam a bonificação, incluindo a Universidade Federal de Rondônia (Unir), que havia aplicado um bônus de dezoito por cento para alunos de escolas públicas locais. O pró-reitor de Graduação da Unir, Josué Carvalho, afirmou que a retirada do bônus prejudica o acesso de estudantes locais a cursos de alta concorrência, como medicina, e que a maioria dos alunos que ingressam são de fora do estado.
Matheus Santiago, um estudante de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), destacou que, sem o bônus, muitos alunos de Rondônia não teriam conseguido ingressar na faculdade. Ele observou que as turmas sem o bônus enfrentaram uma evasão significativa, com a perda de metade dos alunos. A Ufac, por sua vez, decidiu manter o bônus e criar um processo seletivo próprio, reconhecendo a disparidade de desempenho entre alunos de diferentes regiões.
A Ufac, que adotou o bônus regional desde dois mil e dezenove, calcula atualmente um percentual de quinze por cento para equilibrar as condições de concorrência. A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, argumentou que a decisão do STF não declarou a inconstitucionalidade da medida de forma geral, mas sim em casos específicos. Ela ressaltou que a realidade educacional na Amazônia é distinta da vivida em outras regiões do Brasil.
Desde a implementação do bônus, a proporção de alunos acreanos no curso de medicina da Ufac aumentou de dezenove vírgula três por cento, entre dois mil e dois mil e dezoito, para quarenta e nove vírgula oito por cento, entre dois mil e dezenove e dois mil e vinte e quatro. A medida também ajudou a reduzir a evasão, que em dois mil e treze atingiu um recorde negativo, com trinta alunos abandonando o curso.
O acompanhamento de egressos mostrou que médicos formados no Acre têm maior probabilidade de permanecer na região. Essa situação evidencia a importância de políticas que garantam o acesso à educação de qualidade para estudantes locais. Nessa perspectiva, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a permanência de profissionais qualificados nas áreas mais necessitadas.

Brasil carece de educação técnica para enfrentar a economia digital, alerta Tatiana Ribeiro. Relatório do Movimento Brasil Competitivo propõe ações urgentes para melhorar a formação profissional e reduzir custos.

Estudantes e pesquisadores brasileiros enfrentam desafios com a suspensão de vistos dos EUA. Lorena Souza, bolsista da Nasa, e Luiz Gustavo Pimenta Martins, ex-pesquisador em Harvard, exemplificam essa realidade. A Fapesp oferece 40 bolsas para atrair talentos, destacando a necessidade de investimento em ciência.

Dados recentes mostram que a desigualdade educacional no Brasil aumentou entre 2013 e 2023, com estudantes pretos, pardos e indígenas apresentando pior desempenho em Matemática. A falta de formação adequada de professores agrava a situação, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. É urgente garantir acesso a melhores docentes para combater essa desigualdade.

Mais da metade dos distritos de São Paulo não atinge a média do Ideb. O prefeito Ricardo Nunes propõe gestão privada para escolas com baixo desempenho. A cidade de São Paulo enfrenta uma grave crise educacional, com 53 dos 96 distritos não alcançando a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais do ensino fundamental. As disparidades são alarmantes, com diferenças de até 50% entre regiões. O prefeito Ricardo Nunes responsabiliza os professores pelo baixo desempenho e sugere a privatização das escolas com os piores resultados. A desigualdade na educação se reflete também nas condições de trabalho dos docentes, que enfrentam sobrecarga nas áreas mais vulneráveis.

Curso de Letramento Racial capacita professores em práticas antirracistas no DF. A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal promove, em 16 de abril, um curso para 37 educadores no Centro Educacional 04 do Guará, visando combater o racismo estrutural e fomentar a diversidade nas escolas.

Estão abertas as inscrições para quinze oficinas online gratuitas do projeto 'High Tech Course', que visa a inclusão digital e profissional de jovens e adultos. As aulas, promovidas pela Secti-DF e AJA Brasil, abrangem temas como informática, design e empreendedorismo, com certificação ao final.