Monitores de glicose, antes exclusivos para diabéticos, agora atraem pessoas saudáveis, mas especialistas alertam que seu uso pode gerar interpretações errôneas sobre a saúde glicêmica. A FDA aprovou esses dispositivos, mas sua eficácia em indivíduos com níveis normais de açúcar no sangue é questionada.
Os monitores de glicose, que antes eram utilizados apenas por pessoas com diabetes, estão se tornando populares entre indivíduos saudáveis. Essa tendência foi impulsionada por campanhas de marketing e pela recente aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para a venda desses dispositivos. No entanto, estudos recentes indicam que esses aparelhos podem não trazer benefícios para quem possui níveis normais de açúcar no sangue, podendo até gerar interpretações errôneas sobre a saúde glicêmica.
Esses dispositivos, conhecidos como sensores, são aplicados na pele e monitoram continuamente os níveis de glicose no sangue. Eles são indolores e podem ser usados por até quatorze dias. Embora sejam essenciais para o controle da diabetes, sua popularidade entre pessoas saudáveis levanta questões sobre a real necessidade de seu uso. Jody Dushay, especialista endócrino, afirma que não há evidências suficientes que comprovem a utilidade desses monitores para quem não apresenta problemas de glicemia.
O uso indiscriminado desses dispositivos pode levar a uma interpretação equivocada das oscilações normais de açúcar no sangue, que ocorrem após refeições. Para pessoas saudáveis, é normal que os níveis de glicose aumentem após a ingestão de carboidratos e retornem ao normal em algumas horas. A Associação Americana de Diabetes define que níveis de glicemia em jejum entre setenta e noventa e nove miligramas por decilitro são saudáveis, enquanto valores acima de cento e vinte e seis miligramas por decilitro indicam diabetes.
Com a aprovação da FDA, as vendas desses monitores cresceram significativamente. Celebridades como Zeca Pagodinho e José Loreto foram vistas usando os dispositivos, o que contribui para sua popularização. No entanto, especialistas alertam que a utilização desses sensores por pessoas sem diabetes pode criar uma falsa sensação de necessidade e até mesmo patologias inexistentes, como destaca Dushay.
Além dos monitores, os glicosímetros, que realizam medições pontuais, continuam sendo uma ferramenta importante para o controle da diabetes. Ambos os métodos podem ser complementares, mas a precisão do glicosímetro é fundamental em caso de falhas do sensor. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reporta um aumento de dezesseis por cento nos casos de diabetes globalmente desde dois mil e dezenove, o que representa mais de setenta milhões de novos casos.
Diante desse cenário, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a conscientização sobre o uso responsável de tecnologias de monitoramento de saúde. Projetos que visem educar sobre a diabetes e a importância do controle glicêmico podem fazer a diferença na vida de muitos. A união em torno de causas como essa pode ajudar a melhorar a saúde pública e a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Um estudo recente revela que a doença hepática gordurosa não alcoólica aumenta o risco de câncer colorretal em adultos jovens. A pesquisa, com mais de 4,6 milhões de participantes, destaca a urgência de triagens em populações vulneráveis.
O lenacapavir, novo medicamento injetável aprovado pela FDA e recomendado pela OMS, oferece proteção contra o HIV com apenas duas doses anuais, com eficácia superior a 99%. A Anvisa analisa pedidos de registro.
A região noroeste de Minas Gerais agora conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no Hospital Municipal de Unaí, um avanço crucial para a saúde infantil local. Com capacidade para seis pacientes e uma equipe de 30 profissionais, a unidade foi inaugurada com apoio do governo do Estado, que investiu cerca de R$ 1 milhão em equipamentos. Essa conquista representa um marco na descentralização do atendimento intensivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo uma demanda urgente da população.
Após a repercussão do uso de sensores de glicose por crianças, um Projeto de Lei no Senado busca garantir a oferta gratuita desses dispositivos no SUS, visando reduzir desigualdades de acesso. A proposta pode transformar o tratamento da diabetes tipo 1 no Brasil.
Nelson Teich se junta ao conselho do Dr. Consulta para melhorar a gestão e qualidade do atendimento, enquanto a empresa alcança breakeven e cresce em receita.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, busca parcerias com o setor privado para acelerar o tratamento de câncer no SUS, visando reduzir filas e tempos de espera. A iniciativa surge após dificuldades na implementação do programa Mais Acesso à Especialistas.