Estudo revela que mudanças climáticas podem elevar níveis de arsênio no arroz, aumentando riscos de câncer na China. Pesquisadores buscam soluções para mitigar esse grave problema de saúde pública.
Um novo estudo revela que as mudanças climáticas podem elevar os níveis de arsênio no arroz, um alimento básico para bilhões de pessoas. Pesquisadores cultivaram 28 variedades de arroz em quatro locais na China durante dez anos e observaram que o aumento das emissões de carbono e das temperaturas está correlacionado com a elevação dos níveis de arsênio. Essa substância química, que pode causar câncer e outras doenças, já é uma preocupação em várias regiões do mundo, incluindo a China, onde se estima que milhões de casos de câncer possam ser atribuídos ao consumo de arroz contaminado.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece limites seguros para a presença de arsênio no arroz, que estão dentro das recomendações globais. O professor Bruno Lemos Batista, da Universidade Federal do ABC (UFABC), afirma que os níveis encontrados no país não apresentam risco significativo à saúde. No entanto, o arsênio inorgânico, que é mais tóxico, pode causar problemas de saúde a longo prazo, como câncer e doenças cardiovasculares, mesmo em pequenas quantidades.
O estudo também destaca que o arsênio se acumula no solo dos arrozais, especialmente em condições de inundação, onde bactérias anaeróbicas utilizam o arsênio em vez de oxigênio. Esse processo se intensifica com o aumento das temperaturas e dos níveis de dióxido de carbono, tornando o arsênio mais biodisponível para as plantas. Os pesquisadores alertam que, se as emissões de carbono não forem reduzidas, o problema pode se agravar, afetando a saúde de populações que dependem do arroz como alimento básico.
Além de buscar formas de mitigar a contaminação, como o cultivo de variedades de arroz que acumulam menos arsênio, os cientistas estão testando diferentes métodos de manejo da água. Um deles envolve a alternância entre campos inundados e drenados, embora isso possa aumentar a presença de cádmio, outro contaminante perigoso. A pesquisa sugere que a mudança nas práticas agrícolas é essencial para reduzir os riscos à saúde associados ao consumo de arroz.
As autoridades de saúde pública estão cada vez mais preocupadas com os efeitos do arsênio inorgânico. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) revisou suas avaliações e concluiu que o arsênio é um carcinógeno mais potente do que se pensava anteriormente. O aumento do risco de câncer e outras doenças, especialmente em populações que consomem grandes quantidades de arroz, é alarmante e requer atenção imediata.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem soluções para a contaminação por arsênio. Projetos que visem a conscientização e a implementação de práticas agrícolas sustentáveis podem fazer a diferença na saúde de milhões de pessoas que dependem do arroz como alimento essencial. A mobilização da comunidade é crucial para enfrentar esse desafio global.
Um ataque fatal de onça-pintada no Mato Grosso do Sul resultou na morte do caseiro Jorge Avalo, gerando preocupações sobre a segurança em áreas próximas ao habitat do animal. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) recomenda cuidados ao interagir com onças, destacando a influência da alimentação humana na agressividade dos animais.
Uma turista de São Paulo sofreu ferimentos na mão após um ataque de tubarão-lixa em Fernando de Noronha. O ICMBio investiga a alimentação irregular de tubarões na área, prática proibida que ameaça o ecossistema local.
ICMBio e Funai firmaram acordo permitindo a presença da comunidade Guarani Mbya na Reserva Biológica Bom Jesus, gerando protestos de 68 entidades e 48 personalidades contra a flexibilização de proteções ambientais.
MP-SP investiga a Sabesp por poluição nas represas Billings e Guarapiranga, após denúncias de contaminação química e falta de manutenção no esgoto. Moradores reclamam da qualidade da água.
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Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) visa preservar florestas tropicais. A iniciativa, lançada na Semana do Clima da ONU, promete pagamentos anuais por hectare preservado, incentivando países a manterem suas florestas.