Estudo da Universidade de Oxford e do Met Office revela que, até 2100, chuvas intensas no Brasil terão três vezes mais probabilidade, mas ocorrerão 30% menos frequentemente, aumentando riscos de desastres naturais.

Um estudo recente da Universidade de Oxford e do Met Office, o serviço meteorológico do Reino Unido, prevê que, até o ano de 2100, chuvas intensas no Brasil se tornarão três vezes mais prováveis, embora ocorram 30% menos frequentemente. Essa pesquisa utilizou modelos computacionais de alta resolução para analisar as bandas de nuvens, estruturas atmosféricas que desempenham um papel crucial na umidade da região sudeste, especialmente a Zona de Convergência do Atlântico Sul.
O estudo indica que, em um cenário de altas emissões de gases do efeito estufa, a frequência das bandas de nuvens pode diminuir entre 20% e 30% em comparação ao período de 1998 a 2007. No entanto, quando essas bandas se formarem, a probabilidade de que sejam intensas aumentará significativamente, resultando em chuvas muito fortes e extensas. A pesquisadora Marcia Zilli, uma das autoras do estudo, alerta para as consequências graves que isso pode trazer, como enchentes, deslizamentos e secas.
O aquecimento global contribui para uma maior concentração de vapor d'água na atmosfera, devido ao aumento da evaporação. Contudo, a formação de nuvens se torna mais difícil, pois o clima quente requer mais umidade. Quando as nuvens se formam, a quantidade de água que elas podem liberar é muito maior do que em condições mais frias. Zilli compara essa dinâmica a uma esponja que, ao ser espremida, libera uma quantidade maior de água.
As mudanças climáticas afetarão a frequência das bandas de nuvens de forma mais acentuada durante a primavera, especialmente em setembro e outubro, o que pode resultar em ondas de calor e secas. Por outro lado, o aumento da intensidade das chuvas ocorrerá principalmente no pico do verão, em dezembro e janeiro, elevando o risco de desastres naturais. Essa combinação de cenários pode levar a chuvas intensas sobre solos secos, aumentando a erosão e o risco de inundações repentinas.
Marcia Zilli destaca que as mudanças climáticas já observadas seguem o padrão projetado para o futuro, o que reforça a confiabilidade dos modelos utilizados. A pesquisa também se destaca por empregar um modelo de alta definição, com resolução de quatro quilômetros, permitindo uma análise detalhada das mudanças climáticas em áreas específicas, como a região metropolitana de São Paulo.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a sociedade se mobilize para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Projetos que visem a mitigação dos impactos e a recuperação de áreas afetadas devem ser incentivados. A união da comunidade pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam as consequências desses eventos extremos.

A Prefeitura de São Paulo lançará um edital para abastecer ônibus com biometano, visando acelerar a descarbonização da frota, enquanto enfrenta desafios com a infraestrutura de carregamento de ônibus elétricos. A medida busca solucionar a paralisia de 40 ônibus elétricos por falta de energia e inclui a instalação de "superbaterias" da Huawei em garagens. A meta é ter 2.200 veículos não poluentes até 2028.

A startup Polen lançou o programa "Ondas do Futuro" para combater a poluição plástica no Brasil, envolvendo grandes geradores de resíduos e criando uma rede digital de rastreabilidade. A iniciativa, apoiada pela UNESCO, visa promover a destinação correta do lixo e estimular mudanças na cadeia produtiva.

Desmatamento na Amazônia Legal alcança 277 mil km² entre 2001 e 2024, superando previsões de 270 mil km². A COP30 ocorre em um Brasil marcado pela perda florestal e crise ambiental.

Moradores de Itaguaré, em Bertioga, reagem com repúdio à proposta do empresário Reuben Zaidan de transformar a praia em área de nudismo, defendendo a conservação e as ações de limpeza realizadas pela associação local.

Uma pesquisa recente revela que o zooplâncton, ao migrar para as profundezas do Oceano Antártico, retém carbono equivalente às emissões de 55 milhões de carros, desafiando sua subvalorização ecológica. Cientistas alertam para as ameaças que esses organismos enfrentam devido ao aquecimento global e à pesca comercial.

Estudo revela que formigas podem prejudicar a polinização por abelhas em plantas com nectários extraflorais próximos às flores, mas beneficiam a reprodução quando estão distantes. Pesquisadores analisaram 27 estudos sobre essas interações.