Estudo revela que formigas podem prejudicar a polinização por abelhas em plantas com nectários extraflorais próximos às flores, mas beneficiam a reprodução quando estão distantes. Pesquisadores analisaram 27 estudos sobre essas interações.

Cerca de quatro mil espécies de plantas ao redor do mundo possuem nectários extraflorais, que secretam néctar fora das flores, como em caules e folhas. Esses nectários atraem formigas, que defendem as plantas contra herbívoros em troca do néctar. No entanto, um estudo recente publicado no Journal of Ecology revelou que a presença de formigas pode prejudicar a polinização por abelhas em plantas com nectários extraflorais próximos às flores, enquanto a distância entre esses nectários e as flores pode ser benéfica para a reprodução das plantas.
A pesquisa, realizada por Amanda Vieira da Silva, do programa de pós-graduação em evolução e diversidade da Universidade Federal do ABC (UFABC), analisou dados de 27 estudos sobre a interação entre formigas, polinizadores e plantas. Os resultados indicam que a presença de formigas diminui a frequência e o tempo que abelhas permanecem nas flores, dificultando a polinização. Em contraste, plantas com nectários distantes das flores mostraram aumento no sucesso reprodutivo, provavelmente devido à proteção contra herbívoros.
As borboletas, outro grupo de polinizadores, não são afetadas negativamente pelas formigas. Isso se deve ao fato de que as borboletas utilizam um órgão chamado espirotromba para sugar o néctar, permitindo que se alimentem sem se aproximar das formigas. As abelhas, por outro lado, precisam se aproximar das flores, o que as torna mais vulneráveis à interferência das formigas.
Laura Carolina Leal, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca que a pesquisa revela a importância de analisar as interações entre diferentes espécies de forma integrada. Em vez de estudar apenas uma interação isolada, é crucial entender como a defesa contra herbívoros e a polinização ocorrem simultaneamente. Essa abordagem pode oferecer insights sobre a evolução das plantas com nectários extraflorais.
Além disso, as análises evolutivas sugerem que a presença de formigas pode ter influenciado a evolução dos nectários extraflorais. Se as formigas prejudicam a polinização, a manutenção desses nectários pode se tornar desvantajosa para as plantas, levando à perda dessa característica ao longo do tempo. Atualmente, apenas 46 dos quase mil gêneros de plantas com nectários extraflorais dependem exclusivamente de abelhas para a polinização.
Os pesquisadores também estão investigando se uma terceira interação, como a presença de bactérias fixadoras de nitrogênio nas raízes de algumas plantas, pode estabilizar a relação entre formigas e polinizadores. Essa interação pode favorecer a produtividade das plantas, permitindo que elas ofereçam recursos de alta qualidade para ambos os parceiros. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar pesquisas que busquem entender e preservar essas complexas interações ecológicas.

A escassez de água e a presença de contaminantes emergentes na água doce são problemas crescentes, especialmente em países em desenvolvimento, conforme revela um dossiê da revista Frontiers in Water. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner destaca que a água, essencial à vida, enfrenta desafios como a privatização e a deterioração da qualidade, afetando bilhões de pessoas. A falta de monitoramento e regulamentação de poluentes, como pesticidas e medicamentos, agrava a situação, exigindo ações urgentes para garantir água potável e de qualidade.

Imagens recentes do Ibama revelam a devastação causada pela mineração ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com impactos ambientais e sociais alarmantes. A atividade garimpeira, que já ocupava 16,1 mil hectares, afeta a fauna e flora locais, além de ameaçar a saúde das comunidades indígenas.

Operação Ágata Decápoda II apreende 10.100 kg de pescado ilegal na Lagoa dos Patos, com multas de R$ 2,54 milhões e autuações por fraude fiscal. A fiscalização é crucial para a preservação.
Indígenas e movimentos sociais protestam em Belém, destacando a necessidade de inclusão de suas vozes na COP30. A Declaração Política do Mutirão dos Povos Indígenas foi lançada com reivindicações essenciais.

Estudo revela que a interrupção do pastejo na Caatinga não recupera a saúde do solo. Pesquisadores sugerem adubação verde e plantio de árvores para restaurar ecossistemas degradados em Pernambuco.

Movimentos sociais planejam mobilizar 15 mil pessoas durante a COP30 em Belém, pressionando o governo Lula por justiça climática e demarcação de terras, em meio a críticas à exploração de petróleo.