A escassez de água e a presença de contaminantes emergentes na água doce são problemas crescentes, especialmente em países em desenvolvimento, conforme revela um dossiê da revista Frontiers in Water. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner destaca que a água, essencial à vida, enfrenta desafios como a privatização e a deterioração da qualidade, afetando bilhões de pessoas. A falta de monitoramento e regulamentação de poluentes, como pesticidas e medicamentos, agrava a situação, exigindo ações urgentes para garantir água potável e de qualidade.

A escassez de água e a desigualdade no acesso a esse recurso são problemas que se agravam com o crescimento populacional e a urbanização, especialmente em países em desenvolvimento. Um dossiê da revista Frontiers in Water destaca a presença crescente de contaminantes emergentes na água doce, evidenciando a falta de monitoramento e regulamentação, além de estudos sobre os impactos na saúde e nos ecossistemas.
Estudos indicam que, até dois mil e cinquenta, o uso global de água doce deve aumentar em cinquenta e cinco por cento. Essa demanda crescente impacta um cenário já marcado pela escassez e pela distribuição desigual dos recursos hídricos. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em dois mil e vinte e quatro, cerca de dois bilhões e duzentas milhões de pessoas não tinham acesso a água potável gerida com segurança.
O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner, do Instituto Butantan, coeditor do dossiê, alerta que a água doce nos países em desenvolvimento está cada vez mais contaminada por poluentes emergentes, como pesticidas, medicamentos e produtos de higiene. Esses compostos, embora não sejam novos, estão sendo detectados em concentrações alarmantes, gerando preocupações sobre seus efeitos tóxicos, que podem afetar a saúde humana e a biodiversidade.
Esses contaminantes não são removidos pelos métodos convencionais de tratamento de água, acumulando-se nos ecossistemas aquáticos. Disner destaca que muitos atuam como desreguladores endócrinos, afetando a reprodução e o desenvolvimento de organismos. A exposição a esses poluentes é geralmente crônica e silenciosa, aumentando os riscos à saúde ao longo da cadeia alimentar.
O dossiê também aborda a desigualdade no acesso à água e os efeitos das mudanças climáticas. Eventos extremos, como enchentes e secas severas, têm comprometido a infraestrutura de captação e distribuição de água potável. A disputa por recursos hídricos já é uma realidade em várias partes do mundo e tende a se intensificar nas próximas décadas, com apenas um quinto dos países possuindo acordos para a gestão conjunta de bacias hidrográficas transfronteiriças.
Os autores do dossiê defendem a criação de marcos regulatórios e programas de monitoramento voltados para os contaminantes emergentes, visando proteger a saúde humana e ambiental. Em meio a essa crise, iniciativas da sociedade civil podem ser fundamentais para garantir água potável de qualidade e promover a justiça hídrica, ajudando a mitigar os impactos da escassez e da contaminação.

Ibama aprova plano da Petrobras para exploração na bacia da Foz do Amazonas, gerando protestos da Ascema, que critica falhas no plano de emergência e alerta para retrocesso na proteção ambiental.

Desmatamento na Amazônia Legal alcança 277 mil km² entre 2001 e 2024, superando previsões de 270 mil km². A COP30 ocorre em um Brasil marcado pela perda florestal e crise ambiental.

O Pará lidera a degradação florestal na Amazônia, com 57% da perda em junho de 2025, um aumento de 86% em relação ao ano anterior, devido a queimadas e exploração madeireira. A situação é alarmante.
O desmatamento no Brasil, responsável por 46% das emissões de gases de efeito estufa, teve uma queda de 30% em 2023, resultando na maior redução de emissões em 15 anos. Contudo, queimadas em 2024 agravam a situação.

Registros inéditos do pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus) foram feitos no Parque Nacional da Tijuca, revelando a importância da espécie para o ecossistema local. O professor Henrique Rajão documentou a presença da ave, que não constava no Plano de Manejo da área.

O Desafio da Ponte, meia maratona na ponte Rio-Niterói, ocorrerá no domingo, com cinco mil corredores e foco em sustentabilidade. A prova terá início às 6h30 e exigirá experiência dos participantes. Organizadores buscam minimizar o impacto no trânsito e garantir a limpeza da pista. Inovações incluem sachês de água e coleta seletiva, além de transporte coletivo otimizado.