Impacto Social

Mulheres brasileiras encontram consensos em pautas sociais, mas divergem em temas como feminismo e religião na política

Pesquisa "Mulheres em Diálogo" revela que, apesar de divisões ideológicas, mulheres brasileiras concordam em pautas como igualdade salarial e segurança pública, mas divergem em temas como feminismo e aborto.

Atualizado em
May 21, 2025
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Mulheres se dividem quanto ao espectro ideológico, com 24% das mulheres se identificando como de direita, 22% como de esquerda e 16% como de centro Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Uma nova pesquisa intitulada "Mulheres em Diálogo", realizada pelo Instituto Update em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA, revela que, apesar das divergências ideológicas, as mulheres brasileiras compartilham consensos em questões como igualdade salarial, segurança pública e participação política. O estudo, que entrevistou seiscentas e sessenta e oito mulheres com dezesseis anos ou mais, aponta que a segurança é a principal preocupação, com setenta e sete por cento das entrevistadas considerando a violência o maior problema do país.

O levantamento também destaca que noventa e quatro por cento das mulheres acreditam na necessidade de igualdade salarial entre homens e mulheres para funções equivalentes. Essa demanda é especialmente forte entre jovens, mulheres negras e aquelas com menor escolaridade. Além disso, setenta e dois por cento das participantes concordam que a representatividade feminina em cargos eletivos deve aumentar, com sessenta e seis por cento afirmando se sentir representadas por mulheres na política.

Entretanto, a pesquisa revela divisões significativas em temas como feminismo, religião na política e aborto. Quarenta e oito por cento das entrevistadas se identificam com o movimento feminista, enquanto quarenta e três por cento rejeitam essa identificação. A relação entre religião e política também apresenta divisões, com cinquenta e três por cento defendendo que valores religiosos devem influenciar decisões políticas.

O apoio à descriminalização do aborto é baixo, com apenas dezesseis por cento a favor da legalização. No entanto, setenta e duas por cento das entrevistadas discordam da prisão para mulheres que realizam abortos fora das condições permitidas por lei. Essa complexidade revela que muitas mulheres rejeitam a prática, mas são contrárias a uma resposta punitiva.

Além disso, a pesquisa indica que setenta e nove por cento das mulheres apoiam a isenção de impostos sobre produtos de higiene menstrual, e sessenta por cento defendem a licença remunerada para mulheres que enfrentam sintomas graves durante a menstruação. Contudo, há preocupações sobre possíveis discriminações no mercado de trabalho relacionadas a essas políticas.

Esses dados mostram a importância de promover diálogos e iniciativas que unam as mulheres em torno de pautas comuns. Projetos que visem apoiar a segurança, a igualdade salarial e a saúde feminina podem fazer a diferença na vida de muitas mulheres. A união em torno dessas causas pode gerar um impacto positivo significativo na sociedade.

Estadão
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