Milhares de mulheres indígenas de diversos países marcharam em Brasília, exigindo proteção ambiental e pressionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar um projeto de lei que facilita licenças ambientais. A manifestação ocorre em um momento crucial, com a COP30 se aproximando, destacando a importância da Amazônia na luta contra o aquecimento global.
Milhares de mulheres indígenas de diversos países da América Latina se reuniram em Brasília no dia sete de agosto, em uma manifestação que exigiu proteção ambiental. O evento ocorre em um momento crucial, com o Brasil se preparando para sediar a COP30, cúpula da ONU sobre o aquecimento global, que acontecerá em novembro em Belém. As participantes, que representavam povos indígenas do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Honduras, México e Panamá, marcharam da Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde se encontraram com lideranças indígenas.
Durante a marcha, as mulheres clamaram por um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que facilita a concessão de licenças ambientais para grandes empreendimentos, conhecido como PL da Devastação. A manifestação foi marcada por gritos de "Veta, Lula!", refletindo a preocupação com os impactos ambientais que o projeto pode causar. O presidente deve decidir sobre o veto no dia oito de agosto, e as organizadoras esperam que sua decisão leve em conta as vozes das mulheres indígenas.
Simone Karipuna, do povo homônimo, destacou a importância da COP30 para chamar a atenção mundial para a Amazônia, afirmando que os chefes de Estado presentes precisam conhecer a realidade enfrentada pelos povos indígenas. Especialistas alertam que o garimpo, o desmatamento e as queimadas, exacerbadas por secas prolongadas, ameaçam a floresta amazônica, tornando a proteção das terras indígenas ainda mais crucial na luta contra o aquecimento global.
Os organizadores estimaram que cerca de cinco mil mulheres participaram da marcha, que também enviou uma mensagem clara ao presidente Lula. Durante uma reunião anterior, Lula reconheceu legalmente três territórios indígenas no Ceará, mas sua postura em relação ao projeto de lei controverso ainda gera incertezas. Rosa Pitaguary, do povo homônimo, expressou confiança de que o presidente ouvirá as demandas das mulheres indígenas.
As terras indígenas são vistas como um baluarte na luta contra o aquecimento global, devido à sua capacidade de proteger florestas e recursos naturais. Este ano, a COP30 será a primeira cúpula a ser realizada na Amazônia, em Belém do Pará, de dez a vinte e um de novembro. Yenyfer Concepción, da comarca indígena Naso, do Panamá, enfatizou a necessidade de que a voz das mulheres indígenas seja ouvida nesse espaço importante.
Essa mobilização demonstra a força e a determinação das mulheres indígenas em lutar por seus direitos e pela proteção do meio ambiente. Projetos que visam apoiar essas iniciativas e fortalecer a voz das comunidades indígenas são essenciais para garantir um futuro sustentável. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na preservação da Amazônia e na luta contra as mudanças climáticas.
O Ibama intensifica ações de combate a incêndios florestais no Pará e Mato Grosso, mobilizando aeronaves e brigadistas para proteger ecossistemas e territórios indígenas durante a estiagem. A operação visa prevenir queimadas e envolve a participação da população na proteção ambiental.
Em novembro de 2025, o Brasil será palco da COP 30 e do Prêmio Earthshot, promovido pelo Príncipe William, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, destacando soluções ambientais inovadoras.
O Brasil se prepara para investir R$ 597 bilhões em energias renováveis, diversificando sua matriz elétrica com hidrogênio e baterias, reduzindo a dependência de hidrelétricas. A transição energética promete atrair investimentos internacionais e enfrentar desafios de resiliência no sistema elétrico.
Estudo inédito revela que homicídios no Brasil aumentam em 10,6% durante calor extremo, afetando mais mulheres e idosos, especialmente na região Norte, evidenciando a relação entre temperatura e violência.
Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) visa preservar florestas tropicais. A iniciativa, lançada na Semana do Clima da ONU, promete pagamentos anuais por hectare preservado, incentivando países a manterem suas florestas.
O Brasil está desenvolvendo uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para garantir a exploração sustentável de recursos essenciais à transição energética e ao desenvolvimento local. A proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, busca alinhar a exploração mineral à justiça social e à sustentabilidade, promovendo uma nova governança internacional.