A obesidade é uma doença crônica complexa, associada a riscos elevados de transtornos mentais, conforme discutido no Congresso Brasileiro de Psiquiatria. Especialistas debatem sua classificação como doença psiquiátrica.

A obesidade é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica complexa, caracterizada por depósitos excessivos de gordura que podem prejudicar a saúde. Essa condição é multifatorial, resultante de uma combinação de fatores ambientais, psicossociais e genéticos. A obesidade está associada a um aumento significativo do risco de diabetes tipo 2, doenças cardíacas e mais de treze tipos de câncer, além de estar ligada a transtornos mentais.
Um estudo de 2013, publicado na revista BMC Psychiatry, revelou que dois em cada cinco pacientes com sobrepeso ou obesidade apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico. Mais recentemente, um estudo austríaco de 2023, publicado no periódico Translational Psychiatry, analisou dados de três milhões de pacientes e constatou que aqueles com obesidade tinham um risco significativamente maior de desenvolver transtornos mentais, como depressão e ansiedade.
Durante o último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em Brasília, especialistas discutiram a relação entre obesidade e saúde mental. O psiquiatra Táki Cordás, coordenador do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da USP, argumentou que a obesidade deve ser considerada uma doença sistêmica, afetando várias áreas da medicina, incluindo a psiquiatria. Ele destacou que o estigma associado à obesidade, que a relaciona à falta de vontade, é prejudicial e simplista.
Por outro lado, o endocrinologista Neuton Dornelas, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, defendeu que a obesidade não deve ser classificada como um transtorno mental. Ele citou uma revisão de 2009 que concluiu que havia poucas evidências para apoiar essa classificação, embora reconhecesse a importância de considerar a adiposidade no manejo de transtornos psiquiátricos.
Os especialistas concordam que a obesidade e os transtornos mentais estão interligados, e a abordagem deve ser multidisciplinar. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, terapia cognitivo-comportamental, nutrição, atividade física, medicamentos e cirurgia bariátrica. A psicóloga Rogeria Taragano enfatizou a importância de abordar questões emocionais no tratamento da obesidade, destacando o fenômeno do "comer emocional", que pode agravar a condição.
Com a previsão de que mais da metade da população adulta mundial viverá com sobrepeso e obesidade até 2035, é crucial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a conscientização e o tratamento adequado dessa condição. A colaboração pode ser fundamental para ajudar aqueles que enfrentam os desafios da obesidade e suas consequências para a saúde mental.

A morte da cantora Karen Silva, ex-participante do The Voice Kids, aos 17 anos, destaca o aumento alarmante de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) em jovens. O AVC hemorrágico, que representa 15% dos casos, é o mais letal. Estudos recentes mostram que a incidência global de AVC em pessoas com menos de 70 anos cresceu 14,8%, com 18% dos casos no Brasil afetando jovens entre 18 e 45 anos. Fatores de risco incluem hipertensão, diabetes e sedentarismo, além de questões genéticas.

Pesquisadores da Universidade de Fukui identificaram que níveis de diHETrE no sangue do cordão umbilical podem prever o risco de autismo, com implicações para intervenções gestacionais. O estudo, que analisou 200 crianças, sugere que a dosagem desse ácido graxo pode auxiliar na identificação precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Conitec aprovou a inclusão do implante contraceptivo Implanon no SUS para todas as mulheres em idade fértil, com investimento de R$ 245 milhões e previsão de distribuição de 1,8 milhão de dispositivos até 2026.

Pais e responsáveis agora podem acessar a Caderneta de Saúde da Criança digitalmente pelo Meu SUS Digital, facilitando o acompanhamento da saúde infantil e alertas de vacinação.

O Brasil registrou cerca de 600 mil mortes por diabetes tipo 2 em uma década, com pesquisa da Tufts University revelando que a má alimentação gerou 14,1 milhões de casos em 2018. Fatores como baixo consumo de grãos integrais e excesso de carne processada foram destacados.

Estudo da Faculdade de Medicina de Botucatu revela que a suplementação de vitamina D em baixa dosagem pode potencializar a quimioterapia em mulheres com câncer de mama. Os resultados indicam uma resposta significativa ao tratamento, sugerindo novas pesquisas.