Obesidade é uma doença crônica que afeta mais da metade da população adulta no Brasil, com novas medicações como semaglutida e tirzepatida mostrando eficácia, mas com acesso desigual. É urgente uma resposta governamental.

No Brasil, mais da metade da população adulta apresenta excesso de peso, com a obesidade sendo uma das doenças mais perigosas do século XXI. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a obesidade como uma doença crônica desde mil novecentos e noventa e sete. Apesar disso, o estigma persiste, levando a piadas e julgamentos, inclusive no sistema de saúde. A sociedade ainda não enxerga a obesidade como um problema de saúde pública, com impactos diretos na qualidade e expectativa de vida.
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de dois mil e dezenove mostram que sessenta vírgula três por cento da população adulta tem excesso de peso e vinte e cinco vírgula nove por cento já apresenta obesidade. Entre dois mil e três e dois mil e dezenove, a prevalência de obesidade quase dobrou, passando de doze vírgula dois por cento para vinte e cinco vírgula nove por cento. Estima-se que até dois mil e trinta, mais de trinta por cento dos adultos brasileiros viverão com obesidade.
A obesidade é responsável por mais de quatro milhões de mortes anuais no mundo, segundo a OMS. No Brasil, em dois mil e vinte e dois, mais de oitenta mil óbitos foram atribuídos a doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes tipo dois e doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade está ligada a mais de treze tipos de câncer, incluindo câncer de mama e cólon, com dados indicando que quarenta por cento dos cânceres diagnosticados nos Estados Unidos estão relacionados à obesidade.
As consequências da obesidade vão além das doenças físicas. Ela também está entre as principais causas de problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade, criando um ciclo vicioso que agrava a condição. O ambiente obesogênico, caracterizado por alimentos ultraprocessados e sedentarismo, contribui para a epidemia de obesidade, exigindo respostas estruturais e políticas públicas eficazes.
Novas medicações, como semaglutida e tirzepatida, têm mostrado resultados promissores no tratamento da obesidade. A semaglutida, em dose semanal de dois vírgula quatro miligramas, demonstrou reduções médias de até quinze por cento do peso corporal. A tirzepatida, por sua vez, apresentou perdas médias de até vinte e dois vírgula cinco por cento no estudo SURMOUNT-1. No entanto, o acesso a essas terapias ainda é desigual, e a ausência de diretrizes clínicas nacionais contribui para o subtratamento da obesidade.
É fundamental que o Brasil assuma a obesidade como uma prioridade de saúde pública. Reconhecer a obesidade como uma doença e garantir acesso ao tratamento são passos essenciais para combater o estigma e salvar vidas. Nessa luta, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar de todos, especialmente os mais vulneráveis.

O prazo para renovação do credenciamento das farmácias do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) termina nesta quinta-feira (31), essencial para a continuidade da oferta de medicamentos. A atualização é crucial para garantir a regularidade e a transparência do programa, que disponibiliza 41 itens gratuitos, incluindo medicamentos para doenças crônicas e produtos de higiene. A renovação deve ser feita online, sem custos, e é vital para o sucesso da iniciativa que apoia famílias vulneráveis.
O prazo para adesão ao edital do programa Mais Médicos Especialistas foi estendido até 11 de julho, com a oferta de quinhentas bolsas para médicos em áreas prioritárias do SUS. Essa ação visa reduzir a espera por atendimentos.

A Sociedade Brasileira de Urologia lançou uma campanha em junho para conscientizar sobre o câncer de rim, que causou mais de 10 mil mortes no Brasil entre 2019 e 2021. A iniciativa inclui aulas e conteúdos informativos, destacando a importância do diagnóstico precoce e hábitos saudáveis.

Ana Júlia de Araújo Maciel, a influenciadora Naju Araújo, ganhou 36 quilos após um luto familiar, mas permanece otimista em sua jornada de emagrecimento e busca por cirurgias reparadoras. O debate sobre cirurgia bariátrica em adolescentes continua, com novas diretrizes do CFM permitindo intervenções em casos de obesidade grave.

Estudo da Unicamp revela que receptor P2X4 em macrófagos é chave na dor muscular crônica. Exercício físico ativa via que torna macrófagos anti-inflamatórios, prevenindo dor persistente.
Hospital Regional de Taguatinga (HRT) se prepara para absorver cirurgias do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), que passará por revitalização no centro cirúrgico, aumentando sua capacidade em 50%.