Pesquisadores do Instituto Butantan e da USP descobriram compostos de origem animal que eliminam o parasita da esquistossomose, oferecendo novas esperanças de tratamento. A pesquisa destaca venenos de serpentes e extratos de besouros como promissores, superando as limitações do Praziquantel, único medicamento disponível.
Pesquisadores do Instituto Butantan e da Universidade de São Paulo (USP) descobriram compostos de origem animal que demonstram potencial para eliminar o parasita causador da esquistossomose. O estudo, publicado em 11 de abril de 2025, revela que venenos de serpentes e extratos de besouros podem ser eficazes no combate à doença, que afeta cerca de 240 milhões de pessoas em todo o mundo.
O Praziquantel é atualmente o único tratamento disponível para a esquistossomose, mas apresenta eficácia limitada, especialmente em estágios juvenis do parasita, e não previne reinfecções. Além disso, já foram registrados casos de resistência ao medicamento. O pesquisador Murilo Sena Amaral, do Instituto Butantan, destaca a importância de encontrar novas alternativas terapêuticas.
O artigo de revisão compila dados sobre compostos naturais de origem animal que já foram testados contra o Schistosoma mansoni, o parasita responsável pela esquistossomose. Os resultados dos testes de laboratório mostraram que venenos de serpentes do gênero Bothrops, como jararacas e urutus, são letais para os parasitas, e a pesquisa busca identificar os componentes que causam esse efeito.
Além dos venenos, o estudo também analisou substâncias extraídas de artrópodes, como carrapatos e besouros, que demonstraram reduzir a viabilidade dos parasitas, afetando sua movimentação e capacidade reprodutiva. A primeira autora do trabalho, Agatha Fischer-Carvalho, ressalta que alguns desses compostos foram letais em experimentos in vitro, reforçando seu potencial como novos candidatos para o tratamento da esquistossomose.
Os pesquisadores enfatizam que, embora os compostos de origem vegetal sejam amplamente estudados, os de origem animal ainda recebem menos atenção, apesar de já terem inspirado medicamentos em uso comercial. Os produtos naturais de origem animal são considerados uma fonte promissora para o desenvolvimento de novas drogas, devido a seus efeitos tóxicos e indução à morte celular.
Com a crescente resistência ao Praziquantel, a pesquisa sobre novos tratamentos é essencial. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem alternativas eficazes contra a esquistossomose, ajudando a melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas afetadas pela doença.
Pesquisas do professor Marcelo Urbano Ferreira, da USP, mostram que a malária em áreas urbanas da Amazônia é majoritariamente assintomática, dificultando o controle da doença. Métodos moleculares revelam até dez vezes mais infecções.
O Ministério da Saúde lançou um Manual Técnico para atender indígenas expostos ao mercúrio, visando melhorar a saúde nas comunidades afetadas pela mineração ilegal. A publicação, resultado de colaboração com diversas instituições, traz diretrizes práticas para profissionais de saúde, focando na identificação e cuidado de casos de contaminação. A iniciativa é parte de uma nova Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, com materiais adaptados para línguas indígenas e ações de formação previstas para 2025.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugura novos serviços de oncologia no Hospital de Amor Interestadual de Lagarto, beneficiando mais de 2,9 milhões de pessoas em quatro estados. A iniciativa visa reduzir a distância no atendimento oncológico e inclui investimentos em tecnologia de patologia digital e ambulâncias do SAMU.
Pesquisa da Unesp indica que a suplementação de vitamina D pode aumentar a taxa de desaparecimento de tumores em mulheres com câncer de mama, com 43% de resposta patológica completa no grupo tratado. O estudo, que envolveu oitenta voluntárias, sugere um potencial terapêutico promissor, mas requer mais investigações para confirmar os resultados.
Estudo do Blis Data revela que 60% dos 25 mil participantes buscam cannabis medicinal para tratar estresse crônico, com alta incidência de crises de pânico e insônia, especialmente entre homens de 40 anos.
Pesquisas de Michel Naslavsky, biólogo da USP, exploram como a ancestralidade miscigenada no Brasil pode afetar o impacto do gene APOE no Alzheimer, com resultados previstos para o próximo ano. A investigação busca entender variações genéticas e suas implicações na doença.