Saúde e Ciência

Rio de Janeiro registra quarta morte por febre oropouche e intensifica vigilância contra a doença

A febre oropouche causou a quarta morte no Rio de Janeiro, uma mulher de 38 anos em Nilópolis. Até 4 de junho de 2025, foram confirmados 1.836 casos, com maior incidência em Cachoeiras de Macacu.

Atualizado em
June 5, 2025
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Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito do mangue - Maria Luiza Felippe Bauer/Instituto Oswaldo Cruz

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, no dia quatro de junho de 2025, a quarta morte pela febre oropouche no estado. A vítima, uma mulher de 38 anos, residia em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e faleceu no início de maio após ser hospitalizada. A amostra foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de Nilópolis, outras três mortes foram registradas em Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé.

Os casos de febre oropouche no estado são considerados episódios isolados, ocorrendo em diferentes regiões. Até o momento, não há novos registros de casos graves, internações ou óbitos recentes relacionados à doença. Desde a chegada do vírus ao Rio de Janeiro, em 2024, a SES-RJ intensificou as ações de vigilância e capacitação das equipes de saúde municipais, conforme afirmou a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.

A febre oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis), um inseto pequeno comum em áreas de mata e plantações. Os sintomas são semelhantes aos da dengue, incluindo febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça e calafrios. Náuseas e vômitos também podem ocorrer, mas a maioria dos pacientes se recupera em até uma semana.

O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado, Mário Sergio Ribeiro, destacou a necessidade de atenção redobrada em relação à febre oropouche, dada a presença do maruim em locais silvestres. As autoridades recomendam evitar a exposição ao inseto usando roupas compridas e aplicando óleos corporais, além de manter a limpeza de quintais e instalar telas de malha fina em portas e janelas.

Até o dia quatro de junho de 2025, o estado do Rio de Janeiro registrou um total de 1.836 casos confirmados da doença. As cidades com maior número de notificações são Cachoeiras de Macacu, com 672 casos, Macaé, com 517, Angra dos Reis, com 392, e Guapimirim, com 172, conforme o painel de Arboviroses do Monitora RJ.

Nesta situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem as vítimas e promovam a conscientização sobre a febre oropouche. Projetos que visem a prevenção e o tratamento da doença devem ser estimulados, garantindo que todos tenham acesso à informação e aos cuidados necessários.

Folha de São Paulo
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