Pesquisadores do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm) desenvolveram um anticorpo que bloqueia o hormônio antimülleriano, mostrando potencial para prevenir e tratar a síndrome dos ovários policísticos. Essa descoberta pode revolucionar o tratamento da condição, que afeta milhões de mulheres e atualmente não possui cura específica.
Pesquisadores do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), do Centre Hospitalier Universitaire (CHU) de Lille e da Universidade de Lille identificaram uma nova abordagem para o tratamento da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Em modelos pré-clínicos, a utilização de anticorpos que bloqueiam o hormônio antimülleriano demonstrou prevenir o surgimento de sintomas da SOP e tratar mulheres adultas que já apresentavam essas manifestações.
A SOP é uma das principais causas de infertilidade entre mulheres em idade reprodutiva, afetando cerca de uma em cada dez mulheres, o que representa mais de dois milhões de pessoas na França. Atualmente, não existem tratamentos específicos, apenas abordagens sintomáticas. O neuroendocrinologista Paolo Giacobini destacou que a condição pode impactar severamente a qualidade de vida das mulheres, apresentando uma variedade de sintomas, como ovários policísticos, altos níveis de androgênios, distúrbios menstruais e síndrome metabólica.
O diagnóstico da SOP é realizado com base em critérios específicos, incluindo alterações no ciclo menstrual e a presença de ovários com morfologia policística. A origem da síndrome é complexa e multifatorial, envolvendo fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Giacobini e sua equipe têm investigado a relação entre a hereditariedade e a SOP, encontrando evidências de que a exposição ao hormônio antimülleriano durante a gestação pode levar à manifestação da síndrome em gerações futuras.
Os pesquisadores se concentraram no hormônio antimülleriano, que é produzido em excesso pelos ovários na SOP, impedindo a maturação adequada dos óvulos e promovendo a superprodução de androgênios. Em experimentos com camundongos, a administração de um anticorpo chamado Ha13, que bloqueia os receptores desse hormônio, resultou na prevenção da SOP em filhotes e na reversão dos sintomas em fêmeas adultas já afetadas.
Os resultados são promissores e abrem caminho para novas pesquisas sobre a farmacocinética do anticorpo, com a expectativa de que, em alguns anos, testes em humanos possam ser realizados. Embora a molécula já tenha sido patenteada, ainda há muitos passos a serem seguidos até a fase clínica. Além disso, outra abordagem terapêutica envolvendo antagonistas do receptor de hormônio de liberação da gonadotrofina já está em estágios mais avançados, com ensaios clínicos em andamento.
Essas descobertas ressaltam a importância de apoiar iniciativas que busquem soluções para a SOP e outras condições que afetam a saúde das mulheres. A união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar pesquisas e tratamentos que melhorem a qualidade de vida das afetadas por essa síndrome.
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