O Brasil busca certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV, com taxas de infecção abaixo de 2% e incidência em crianças inferior a 0,5 por mil nascidos vivos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca o trabalho conjunto de profissionais e instituições.

O Brasil deu um passo significativo na luta contra o HIV ao enviar, nesta terça-feira, a documentação para obter o certificado de eliminação da transmissão vertical do vírus, ou seja, de mãe para filho. O relatório foi entregue pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O documento destaca que a taxa de transmissão caiu para menos de 2% em 2023, e a incidência de HIV entre crianças está abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.
Durante a abertura do XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Padilha expressou sua satisfação com a conquista, ressaltando que essa vitória é resultado do esforço conjunto de profissionais de saúde e da reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS). A busca pelo certificado é uma das metas do programa Brasil Saudável, que visa eliminar e reduzir a carga de 14 doenças socialmente determinadas.
Além da eliminação da transmissão vertical do HIV, o programa também busca certificações para sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV. O representante da Opas no Brasil, Cristian Morales, celebrou a conquista, enfatizando que milhares de mulheres agora têm a oportunidade de serem mães sem o risco de transmitir o HIV a seus filhos. Contudo, ele alertou sobre a necessidade de manter o financiamento para garantir a continuidade desses resultados positivos.
O Ministério da Saúde destacou que a expansão da cobertura de testagens, incluindo a distribuição de testes rápidos para HIV e sífilis, foi fundamental para melhorar o cenário. Em 2023 e 2024, o Brasil alcançou mais de 95% de cobertura em consultas de pré-natal, testagens de HIV e tratamento para gestantes vivendo com o vírus. O tratamento adequado reduz praticamente a zero o risco de transmissão para o feto.
Atualmente, 151 municípios e sete estados, incluindo São Paulo e Paraná, já obtiveram algum tipo de certificação ou selo de eliminação da transmissão vertical. Para 2025, o Ministério da Saúde prevê certificações para cerca de 70 municípios e dez estados. Em 2023, a taxa de mortalidade por aids no Brasil foi de 3,9, a menor desde 2013, refletindo os avanços nas políticas de saúde pública.
Além disso, o fortalecimento da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) tem sido uma estratégia eficaz, com um recorde de 185,6 mil usuários em 2025. Essa mobilização em torno da saúde pública é um exemplo de como a união pode transformar realidades. Projetos que visam apoiar a saúde de gestantes e crianças devem ser incentivados pela sociedade civil, pois cada contribuição pode fazer a diferença na vida de muitas famílias.

O Sistema Único de Saúde (SUS) incluirá o DIU hormonal como tratamento para endometriose, beneficiando mulheres que não podem usar anticoncepcionais combinados. A medida, aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), deve ser implementada em até 180 dias.

Câncer de pênis afeta mais de 21 mil homens no Brasil, com alta taxa de amputações. Especialistas alertam sobre a falta de informação e tabus que dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.

O Brasil incorporou o Zolgensma ao SUS para tratar a atrofia muscular espinhal em crianças, com investimento de R$ 959 milhões e monitoramento por cinco anos. O tratamento, considerado o mais caro do mundo, atenderá 137 pacientes com AME tipo 1, priorizando crianças até seis meses. As primeiras aplicações ocorreram em Brasília e Recife, com acompanhamento clínico rigoroso.

Pesquisadores da Universidade de Denver revelam que a presença de cães reduz o estresse em humanos, equilibrando hormônios e beneficiando ex-militares com transtorno de estresse pós-traumático.

Bella Regina Kupper Gervitz, de 94 anos, faleceu após atendimento inadequado na Prevent Senior, evidenciando a falência do sistema de saúde suplementar e a desumanização no atendimento a idosos.

Em 2024, o Brasil registrou mais de 84 mil mortes por AVC, com a hipertensão como principal fator de risco. A desigualdade na distribuição de hospitais especializados agrava a situação, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.