Pesquisadores do projeto ATTO registraram três eventos de poeira do Saara na Amazônia, com concentrações de PM2.5 entre 15 e 20 μg/m³, superando a média da estação chuvosa. O fenômeno, que ocorre entre dezembro e março, pode impactar a fertilidade do solo.
Pesquisadores do projeto Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) registraram três eventos significativos de poeira proveniente do deserto do Saara, na África, durante o primeiro trimestre deste ano. As medições foram realizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, a 150 quilômetros de Manaus. A poeira, que percorre mais de cinco mil quilômetros até chegar à Amazônia, é transportada por correntes de ar na troposfera livre, especialmente quando os ventos convergem na Zona de Convergência Intertropical.
Os episódios de poeira ocorreram entre 13 e 18 de janeiro, 31 de janeiro e 3 de fevereiro, e 26 de fevereiro e 3 de março. As concentrações de partículas PM2.5 (partículas com diâmetro menor que 2,5 micrômetros) atingiram valores entre 15 e 20 microgramas por metro cúbico, o que representa de quatro a cinco vezes mais do que a média habitual de quatro microgramas por metro cúbico registrada na estação chuvosa da floresta.
Embora o fenômeno de transporte de poeira do Saara seja comum entre dezembro e março, as concentrações observadas neste ano foram consideravelmente mais altas. A poeira é levantada por tempestades no deserto e pode alcançar altitudes de até cinco quilômetros, sendo depositada a grandes distâncias dependendo das condições atmosféricas.
Rafael Valiati, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), destacou que, no primeiro semestre, a atmosfera amazônica é geralmente dominada por partículas de origem natural, com emissões da própria floresta. Ele também mencionou que as perturbações causadas pelo transporte de poeira são visíveis nas séries temporais de dados atmosféricos.
Carlos Alberto Quesada, coordenador do ATTO pelo lado brasileiro, ressaltou que os elementos como potássio e fósforo presentes na poeira mineral podem, a longo prazo, contribuir para a fertilidade do solo da Amazônia, que é naturalmente pobre em nutrientes. Os efeitos desses fenômenos estão sendo objeto de estudo contínuo pelos pesquisadores.
A torre do ATTO, com 325 metros de altura, possui infraestrutura avançada para avaliar a composição atmosférica, incluindo propriedades físicas e químicas das partículas. A importância de projetos como o ATTO é fundamental para entender as dinâmicas ambientais e climáticas da Amazônia. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover iniciativas que busquem entender e mitigar os impactos das mudanças climáticas na região.
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