Impacto Social

Praças da Barra e Recreio apresentam melhorias, mas carecem de brinquedos acessíveis e fraldários

Vereadora Thais Ferreira revela desigualdade nas praças da Barra e Recreio, que carecem de brinquedos acessíveis e fraldários, apesar de melhores condições em comparação a outras áreas do Rio. A fiscalização busca melhorias.

Atualizado em
June 29, 2025
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Praça do Pomar, na Barra: a melhor pontuação em relatório sobre áreas de lazer da cidade, empatada com outras quatro da Zona Sul — Foto: Divulgação/Keneddy Lira

As praças da Barra e do Recreio, localizadas na Área de Planejamento 4 (AP4) do Rio de Janeiro, apresentam condições superiores em comparação a outras regiões da cidade, como a Zona Norte. No entanto, um levantamento realizado pela vereadora Thais Ferreira (PSOL) aponta que essas praças ainda carecem de brinquedos acessíveis e fraldários, revelando desigualdades sociais e raciais. O relatório, intitulado “Qual criança tem o direito de brincar?”, foi elaborado a partir da avaliação de 138 praças, utilizando critérios da iniciativa internacional Urban 95.

O estudo considerou aspectos como acessibilidade, limpeza, iluminação e segurança. Thais Ferreira destacou que, apesar da melhor conservação das praças da AP4 em relação a outras áreas, a falta de equipamentos adequados para crianças com deficiência e para famílias com bebês é alarmante. A vereadora observou que a maioria da população na Zona Norte e na AP5 é negra, enquanto a AP4 tem uma maioria branca, o que acentua a disparidade no acesso a espaços de lazer.

Durante um mês, a equipe da vereadora visitou praças que já eram monitoradas e outras que apresentavam demandas da população. O objetivo é pressionar a prefeitura por reparos e investimentos. Desde 2021, a fiscalização foi intensificada, e o relatório foi elaborado para ser entregue a autoridades municipais. A pesquisa revelou que nenhuma das praças da AP4 avaliadas possui fraldários ou brinquedos acessíveis, embora esses equipamentos sejam exigidos por leis municipais.

Além da falta de brinquedos e fraldários, o relatório apontou que a iluminação é considerada boa em menos da metade das praças avaliadas. A maioria do mobiliário, como mesas e bancos, está em estado precário. A vereadora enfatizou que muitos espaços de lazer estão tão abandonados que a população não os reconhece mais como praças. A percepção de insegurança também é um fator que afasta as famílias desses locais.

A Praça do Pomar, na Barra, destacou-se como a melhor avaliada, com boa conservação e segurança. No entanto, outras praças, como a do Euphemio e a Jornalista Odylo Costa Filho, precisam de reformas. A presidente da Associação de Moradores do Recreio, Simone Kopezynski, mencionou problemas de depredação e a necessidade de urbanização em algumas áreas, reforçando a importância de um projeto de ocupação e manutenção das praças.

A Comlurb, responsável pela manutenção das praças, informou que realiza reparos regularmente e que a iluminação pública é monitorada. A Fundação Parques e Jardins também se comprometeu a implantar brinquedos acessíveis em novos projetos. Em um contexto onde o direito ao lazer é fundamental, a mobilização da sociedade civil pode ser crucial para garantir que as crianças tenham acesso a espaços adequados e seguros para brincar.

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