Prótese de bambu e resina de mamona, desenvolvida na Unesp, será comercializada por menos de R$ 2 mil, visando reduzir a fila de espera no SUS para amputados. A inovação, que combina materiais sustentáveis e acessíveis, promete atender a demanda crescente por próteses no Brasil, onde mais de 31 mil amputações ocorreram em 2022.
Uma nova prótese transtibial, desenvolvida na Universidade Estadual Paulista (Unesp), está prestes a ser comercializada por menos de R$ 2 mil. Este dispositivo, destinado a pessoas que sofreram amputações abaixo do joelho, utiliza bambu e resina de mamona, oferecendo uma alternativa mais acessível em comparação às próteses de fibra de carbono, que custam três vezes mais ao Sistema Único de Saúde (SUS). O designer de produtos João Victor Gomes dos Santos, idealizador do projeto, destaca que a tecnologia pode ajudar a reduzir a fila de espera no SUS, onde amputados aguardam até um ano para receber o equipamento.
Em 2022, a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular registrou 31.190 amputações de pés ou pernas na rede pública de saúde, o que representa uma média de 85 casos por dia. Além disso, a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Brasil possui 7,8 milhões de pessoas com deficiência física em membros inferiores. A nova prótese, feita de materiais abundantes e sustentáveis, pode atender a uma demanda crescente por soluções acessíveis e eficazes.
O bambu, escolhido por suas propriedades mecânicas semelhantes às da fibra de carbono, é um biomaterial barato e ecologicamente correto. A resina de mamona, utilizada na colagem das lâminas de bambu, também contribui para a sustentabilidade do produto. Santos e sua equipe publicaram estudos que comprovam a resistência da prótese, que pode suportar usuários de até 100 quilos. O projeto recebeu apoio do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (CMDTA), que visa fomentar inovações voltadas para pessoas com deficiência.
O CMDTA, sediado na Unesp de Bauru, é um dos dois novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCD) criados pela FAPESP em 2024. O centro reúne 42 pesquisadores de diversas instituições e tem como objetivo promover a cooperação entre especialistas para desenvolver tecnologias assistivas. O projeto da prótese de bambu é um exemplo dessa colaboração, recebendo recursos para a produção de protótipos que serão testados em pacientes.
Além da prótese transtibial, o CMDTA também está desenvolvendo um joelho mecânico monocêntrico, que oferece funcionalidades inovadoras, como a flexibilidade do movimento. Este novo modelo, que incorpora um sistema de bloqueio controlado pelo usuário, visa melhorar a experiência de locomoção e conforto. Pesquisas indicam que as inovações podem reduzir o gasto energético e aumentar a eficiência na locomoção, especialmente entre idosos.
O desenvolvimento de tecnologias assistivas no Brasil enfrenta desafios, como a necessidade de alinhar centros de pesquisa com a indústria. A escassez de produtos nacionais e a dependência de importações são questões que precisam ser abordadas. Projetos como o da prótese de bambu e o joelho mecânico demonstram o potencial de inovação no país. A união da sociedade civil pode impulsionar iniciativas que atendam às necessidades de pessoas com deficiência, promovendo um futuro mais inclusivo e acessível.
Durante o Junho Vermelho, a doação de sangue é incentivada, e é possível doar mesmo sem saber o tipo sanguíneo, que é determinado no momento da coleta. A tecnologia garante segurança e precisão nos exames.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, permitir a alteração do gênero para neutro em registro civil, destacando a autoidentificação e o direito à felicidade. A relatora, ministra Nancy Andrighi, enfatizou a importância de ouvir a demanda da pessoa envolvida, que, após transição de gênero, percebeu que não se sentia bem. A decisão reforça a segurança que a autoidentificação proporciona, alinhando-se a precedentes do Supremo Tribunal Federal sobre direitos individuais.
Em 16 de abril de 2025, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução nº 2.247, que proíbe a terapia hormonal antes dos 18 anos e bloqueadores hormonais na puberdade, além de restringir cirurgias de redesignação de gênero para maiores de 21 anos. Especialistas criticam a medida, apontando um retrocesso no bem-estar da população trans e na pesquisa científica, além de alegarem que a norma ignora as necessidades dos jovens afetados. A decisão gera preocupações sobre a saúde mental de adolescentes trans, que enfrentam riscos elevados de suicídio e depressão.
Ana Luiza Rigue, estudante de 21 anos, correu a Meia Maratona do Rio em homenagem à mãe, Luciana Gambarato, que se recupera de um AVC. A corrida se tornou um elo emocional entre elas.
A Câmara Municipal do Rio manteve o veto do prefeito Eduardo Paes ao "Dia da Cegonha Reborn", que homenagearia artesãs de bonecos realistas, enquanto derrubou outro veto, criando o projeto "Praia limpa é lixo zero". A decisão gerou descontentamento entre as artesãs, que defendem a importância de seu trabalho para a saúde mental.
A Embratur, liderada por Marcelo Freixo, lançou a nova temporada da série "Turismo transforma", destacando o potencial turístico das favelas cariocas e o afroturismo como estratégia de desenvolvimento. As gravações começam no Morro do Vidigal, com foco em promover dignidade e fortalecer economias locais.