Exposição no Instituto Moreira Salles revela a resistência cultural dos paiter-suruí por meio da fotografia, destacando sua vida cotidiana e história familiar. A mostra será levada às aldeias após o encerramento.

Na década de 1970, missionários cristãos chegaram à terra dos paiter-suruí, localizada na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, trazendo câmeras fotográficas que inicialmente causaram temor entre os indígenas. Eles acreditavam que as imagens poderiam roubar suas almas. No entanto, essa ferramenta se transformou em um símbolo de resistência cultural, como evidenciado na exposição que será inaugurada amanhã no Instituto Moreira Salles (IMS) em São Paulo.
A mostra apresenta imagens capturadas pelos próprios paiter-suruí, refletindo sua vida cotidiana, rituais e a importância da família. A líder e ativista Txai Suruí, uma das curadoras, destaca que, após o espanto inicial, a fotografia passou a ser uma parte essencial da identidade cultural do povo. Com o tempo, muitos integrantes da comunidade começaram a adquirir suas próprias câmeras, resultando em um acervo diversificado.
Recentemente, o coletivo audiovisual Lakapoy, criado para fortalecer a cultura paiter-suruí, iniciou um projeto de resgate de fotografias antigas que estavam espalhadas pelas aldeias. Ubiratan Suruí, o primeiro fotógrafo profissional da etnia e coordenador do projeto, relata que a tarefa de coletar imagens não foi fácil, pois muitos moradores hesitaram em compartilhar fotos pessoais. O trabalho de catalogação foi crucial, especialmente com o auxílio dos anciãos, que são os últimos a reconhecer as pessoas e eventos retratados.
O acervo resultante inclui não apenas imagens digitalizadas, mas também relatos pessoais sobre o significado de cada fotografia. Os curadores decidiram incluir imagens que apresentam sinais de desgaste, como bolor e rasgões, para evidenciar a materialidade e a história que cada foto carrega. Uma imagem marcante mostra um grupo em frente a uma igreja missionária, com um membro intencionalmente apagado, simbolizando a exclusão social.
Após meses de coleta e produção, o Lakapoy e o IMS enfrentaram o desafio de exibir cerca de novecentas imagens em um único espaço. A solução encontrada foi criar um ambiente imersivo, onde as fotografias são dispostas do chão ao teto, permitindo que os visitantes se sintam parte da história. Além disso, vídeos interativos complementam a experiência, oferecendo um olhar mais profundo sobre a cultura paiter-suruí.
A exposição, que se encerra em dois de novembro, será levada para as aldeias paiter-suruí, um passo significativo para a valorização da cultura indígena. A iniciativa destaca a importância de contar a própria história e desafiar estereótipos. Projetos como esse devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união pode ajudar a preservar e promover a rica herança cultural dos povos indígenas.

Cerca de 80% dos casos de demência no Brasil permanecem sem diagnóstico, evidenciando a urgência de ações para diagnóstico precoce e suporte a cuidadores, conforme relatório do Economist Impact.

O Projeto Vale do Lítio, do Governo de Minas Gerais, já atraiu R$ 6,3 bilhões em investimentos, gerou 3.900 empregos diretos e prevê 7.500 até 2026, promovendo desenvolvimento e melhorias sociais na região.

A CPI das Bets convidou o padre Patrick Fernandes para depor sobre os impactos sociais das apostas online, após ele recusar propostas de divulgação e relatar vícios entre fiéis. A relatora, Soraya Thronicke, destacou a importância do testemunho para entender a ludopatia no Brasil e formular políticas públicas de proteção. O convite ainda precisa ser aprovado pelos membros da CPI.

A SP Urbanismo realizará em agosto um leilão de Cepacs, prevendo arrecadação de R$ 2,8 bilhões para novas construções e urbanização de Paraisópolis, além de melhorias na infraestrutura da região da Faria Lima.

O STJ analisa pedido da Defensoria Pública de São Paulo para reduzir pena de presa que amamenta na penitenciária. O relator já votou a favor, considerando o cuidado materno como trabalho.

O programa Luz para Todos falhou em 2024, conectando apenas 18,4% das unidades previstas, com problemas de qualidade nas instalações, especialmente na Terra Indígena Wawi. O Ministério de Minas e Energia reconheceu as falhas e notificou a concessionária Energisa.