A partir de 2 de março de 2026, a perícia para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) terá regras unificadas entre Justiça e INSS, com avaliação biopsicossocial. A mudança visa evitar distorções nas concessões e foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após um aumento significativo de pedidos no Judiciário. A nova abordagem garantirá uma análise mais completa, envolvendo aspectos médicos e sociais, refletindo um avanço na política assistencial.

A partir de 2 de março de 2026, a perícia para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência terá regras unificadas entre a Justiça e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mudança, aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em junho, estabelece a realização de uma avaliação biopsicossocial nos processos judiciais, semelhante àquela já aplicada pela Previdência Social. Essa avaliação considera não apenas a deficiência e a renda, mas também questões sociais que podem impactar o cotidiano do segurado.
O BPC, que atualmente é um benefício assistencial no valor de um salário mínimo, é destinado a idosos acima de 65 anos e a pessoas com deficiência de famílias de baixa renda. A nova regra foi implementada em resposta a um aumento significativo nas concessões do benefício no Judiciário, o que tem gerado pressão sobre as contas do INSS. Até agora, apenas as concessões administrativas seguiam a exigência de avaliação biopsicossocial, enquanto a Justiça realizava a concessão com base apenas em avaliações médicas, resultando em distorções.
Com a resolução 630, publicada em 29 de julho, o CNJ irá unificar os sistemas, criando um documento de avaliação biopsicossocial que estará disponível no Sistema de Perícias Judiciais (Sisperjud). A análise dos pedidos de BPC deverá ser multiprofissional e interdisciplinar, conforme estipulado pela nova norma. A procuradora nacional federal de contencioso previdenciário, Kedma Iara Ferreira, destacou que a adoção de critérios iguais ajudará a evitar divergências nas análises, que antes eram predominantemente médicas.
Os tribunais que já possuem um sistema de formulário eletrônico unificado poderão começar a aplicar as novas regras do INSS a partir de 1º de setembro. Durante esse período, o formulário antigo será válido até 31 de agosto, permitindo que os sistemas sejam adaptados. A procuradora Ferreira participou do grupo de trabalho criado pelo CNJ em 2025 para desenvolver o sistema unificado, que visa corrigir erros que frequentemente ocorriam nas concessões judiciais do BPC.
A partir da nova regra, a perícia biopsicossocial no Judiciário deverá incluir critérios médicos e de assistência social, semelhante ao que já ocorre no INSS. Essa mudança é vista como um avanço significativo na defesa da política pública assistencial, garantindo que a avaliação leve em conta tanto a saúde quanto as condições sociais do beneficiário. Em 2024, o BPC foi concedido a 6,4 milhões de pessoas, um aumento de dez por cento em relação ao ano anterior.
Para receber o BPC, é necessário comprovar uma renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo, além de passar pela perícia médica. Nesse contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade. Projetos que visem a inclusão e o suporte a essas populações devem ser incentivados e fortalecidos.

Crescem iniciativas de sênior cohousing no Brasil, como o Vilarejo Senior Cohousing em Curitiba e a Vila ConViver em Campinas, promovendo moradia e socialização para idosos, combatendo a solidão.

A diversidade está moldando o empreendedorismo no Brasil, com mulheres e negros em destaque. No Web Summit Rio, Tarciana Medeiros, do Banco do Brasil, anunciou que 40% dos empréstimos a pequenas empresas são para negócios liderados por mulheres. O fundo Sororitê Ventures, com R$ 25 milhões, investe em startups com fundadoras mulheres, enquanto a L’Oréal lançou um programa para influenciadores negros, visando aumentar a representação no mercado.

O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta sérios desafios, como subfinanciamento e má gestão, com apenas 4,4% do Orçamento da União destinado à saúde em 2024, impactando a eficiência dos serviços.

O governo brasileiro promove uma consulta pública até 31 de agosto para ajustar as metas da Agenda 2030 à realidade nacional, considerando os efeitos da pandemia de Covid-19. A participação popular é essencial para legitimar as diretrizes do país rumo ao desenvolvimento sustentável.

Cidades brasileiras com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) enfrentam escassez de recursos, com 15 das 20 mais pobres sem emendas parlamentares no último ano, evidenciando desigualdade no repasse de verbas.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal promoveu uma ação de saúde para entregadores de bicicleta, abordando ergonomia e perda auditiva, com resultados positivos e sem acidentes registrados. A iniciativa, parte do projeto "Juntos pela Vida", visa aumentar a segurança e a qualidade de vida desses profissionais.