O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta sérios desafios, como subfinanciamento e má gestão, com apenas 4,4% do Orçamento da União destinado à saúde em 2024, impactando a eficiência dos serviços.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, atendendo mais de 200 milhões de brasileiros. Criado em 1988, o SUS oferece serviços que vão da atenção primária à média e alta complexidade. No entanto, enfrenta sérios desafios, como o subfinanciamento e a má gestão dos recursos. Em 2024, apenas 4,4% do Orçamento da União foi destinado à saúde, o que é considerado insuficiente por especialistas.
Eduardo Melo, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destaca que, apesar de o SUS atender toda a população, cerca de 75% dos brasileiros dependem exclusivamente dele. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta que apenas 24,6% da população possui plano de saúde. A estabilidade desse número na última década indica que a maioria da população ainda recorre ao SUS para serviços essenciais, como vacinação e medicamentos de alto custo.
Os dados da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, a atenção primária cobria 84,7% da população. Contudo, o subfinanciamento é um problema crítico. O investimento federal no SUS foi de R$ 204,2 bilhões, representando apenas metade do total gasto em saúde no Brasil, que é de cerca de 9% do PIB. Rudi Rocha, professor da EAESP/FGV, ressalta que menos de 40% desse total é gasto público, enquanto em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esse percentual varia entre 70% e 80%.
As longas filas para consultas e cirurgias são um reflexo da demanda crescente e do subfinanciamento. Em 2024, a espera para consultas com especialistas chegou a 57 dias, e para cirurgias, a 52 dias. A situação é ainda mais crítica para especialidades como genética, onde a espera pode ultrapassar 700 dias. Para lidar com essa demanda, o governo tem contratado serviços privados, mas a eficiência dos hospitais do SUS é alarmantemente baixa, variando entre 32% e 50% nos últimos anos, segundo auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU).
Além da ineficiência, o desperdício de recursos é um problema significativo. Entre 2023 e 2024, cerca de 58,7 milhões de doses de vacinas foram descartadas, resultando em uma perda de R$ 1,75 bilhão. A falta de gestão adequada e a desinformação sobre a adesão vacinal são apontadas como causas desse desperdício. Viviane Pressi Moreira, especialista em Saúde da Família, enfatiza a necessidade de um uso mais racional dos recursos disponíveis para garantir a sustentabilidade do SUS.
Iniciativas para melhorar a eficiência do SUS estão sendo discutidas, como a proposta de criar um extrato informativo para usuários, mostrando os custos dos serviços utilizados. Essa transparência pode ajudar a conscientizar a população sobre o valor dos serviços oferecidos. Em um cenário onde o SUS enfrenta desafios financeiros e de gestão, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem fortalecer o sistema e garantir acesso à saúde de qualidade para todos.

O mês de junho no Rio de Janeiro foi marcado por eventos culturais e sociais, como o 1º Encontro de Mídias Periféricas, o Festival LED Luz na Educação e a 9ª edição do Rio Refugia, promovendo diálogos sobre educação e inclusão. Essas iniciativas destacam a importância da valorização das vozes periféricas e a transformação social por meio da cultura.

O World Giving Report 2025 revela que países de menor renda, como a Nigéria, são mais generosos em doações proporcionais, com o Brasil na 48ª posição, destinando 0,93% da renda a causas sociais. A pesquisa destaca a relação entre generosidade e percepção de necessidade, evidenciando que a cultura e a confiança nas organizações sociais influenciam as doações.
O Governo do Distrito Federal inicia a construção do Capsi no Recanto das Emas, com investimento de R$ 4,7 milhões, para atender a crescente demanda por saúde mental infantojuvenil. A unidade é parte de um plano que prevê cinco novos centros de atenção psicossocial, visando fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e responder ao aumento de transtornos mentais pós-pandemia.

A nova ciclofaixa de mão dupla na Avenida Milton Tavares de Souza, em Niterói, começará a ser construída no dia 25, conectando diversas ciclovias e ampliando a malha viária para ciclistas. O projeto, que inclui a transferência do estacionamento e melhorias na acessibilidade, reforça o compromisso da prefeitura em promover a mobilidade sustentável na cidade. Com a nova obra, a malha cicloviária de Niterói atingirá noventa quilômetros, consolidando a cidade como referência em políticas para o uso da bicicleta no Brasil.

O Centro de Treinamento do Comitê Olímpico do Brasil, na Barra da Tijuca, se destaca pela infraestrutura de ponta e foco em saúde mental, visando a preparação para Paris-2024. Atletas como Flávia Saraiva e Ingrid Oliveira treinam em um ambiente que integra tecnologia e bem-estar, com um Laboratório Olímpico e equipe multidisciplinar.

Milena, a primeira personagem negra de destaque da Turma da Mônica, protagoniza "Milena e o Pássaro Antigo", escrito por Eliana Alves Cruz, abordando ancestralidade e pertencimento. A obra reflete um avanço na representatividade e visibilidade de narrativas negras na literatura infantojuvenil.