Impacto Social

Retorno ao trabalho após a licença-maternidade gera desafios emocionais e a necessidade de apoio psicológico

Mães enfrentam desafios emocionais ao retornar ao trabalho após a licença-maternidade. Especialistas recomendam apoio psicológico para melhorar a saúde mental e a produtividade. O psicólogo Danilo Suassuna destaca que o suporte emocional é crucial para evitar afastamentos e garantir um ambiente de trabalho mais saudável. Mães compartilham experiências de superação e a importância de empresas investirem em assistência psicológica.

Atualizado em
April 24, 2025
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Railene Rios, gerente de RH e mãe de uma filha Foto: Arquivo Pessa

O retorno ao trabalho após a licença-maternidade é um desafio significativo para muitas mulheres. A transição de meses dedicados aos filhos para o ambiente profissional pode gerar sentimentos de culpa e ansiedade. O psicólogo Danilo Suassuna, especialista em reprodução humana assistida, observa que muitas mães temem perder o emprego ou não conseguir manter o mesmo nível de produtividade. Essa dualidade reflete o conflito entre o desejo de avançar na carreira e a preocupação com o bem-estar dos filhos.

Suassuna destaca que a pressão para retornar rapidamente ao trabalho é comum, mesmo que isso signifique deixar os bebês sob os cuidados de terceiros. Algumas empresas já implementaram creches internas, o que ajuda a reduzir a rotatividade de funcionários. “Saber que os filhos estão bem cuidados permite que as mães voltem ao trabalho com mais tranquilidade”, afirma o psicólogo.

Mães como Railene Rios, gerente de recursos humanos, relatam suas experiências. Após decidir ser mãe aos 37 anos, Railene enfrentou a difícil escolha de não retornar ao trabalho nas mesmas condições. Ela negociou um horário reduzido e flexível, e o apoio psicológico foi crucial para sua adaptação. “Sem ele, eu teria abandonado a carreira que construí com tanto esforço”, diz Railene.

Cilmaria Franco, médica, também compartilha suas dificuldades. Ela enfrentou desafios como a amamentação, que se tornaram mais complexos ao voltar ao trabalho. Cilmaria sentiu uma queda em sua eficiência e, para lidar com isso, buscou terapia contínua. “A terapia foi fundamental para equilibrar a carreira com a maternidade e lidar com a culpa”, afirma.

Francyelle Soares, bancária e mãe de três filhas, expressa sua angústia ao descobrir que estava grávida de gêmeas. Ela buscou ajuda psicológica durante a gestação, o que foi essencial para enfrentar o pós-parto e o retorno ao trabalho. “A terapia te ajuda a lidar com a mudança no mercado de trabalho após a licença”, ressalta Francyelle.

Suassuna defende a importância de um acompanhamento psicológico para gestantes e mães durante o puerpério e no retorno ao trabalho. Ele sugere que as empresas invistam em assistência psicológica antes do retorno da licença-maternidade, prevenindo afastamentos prolongados. Essa abordagem pode não apenas melhorar a saúde mental das colaboradoras, mas também beneficiar a produtividade das empresas. A união em torno de iniciativas que apoiem essas mães pode fazer uma diferença significativa em suas vidas.

Estadão
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