Preocupações sobre os altos preços de hospedagem em Belém ameaçam a participação de nações em desenvolvimento na COP30. O Brasil se comprometeu a encontrar soluções até 11 de agosto para garantir a inclusão de todos.

Uma reunião de emergência ocorreu no Secretariado da Convenção do Clima das Nações Unidas em 29 de julho, abordando a preocupante questão dos altos preços de hospedagem em Belém, sede da COP30. O encontro, convocado pelo Grupo Africano de Negociadores, visou discutir como os custos, que chegam a US$ 700 por noite, podem limitar a participação de países em desenvolvimento na conferência climática. Os preços exorbitantes, quase cinco vezes superiores à ajuda de custo diária de US$ 149 oferecida pela ONU, geram um cenário insustentável para essas nações.
Richard Muyungi, líder do Grupo Africano de Negociadores, enfatizou a necessidade de soluções eficazes, afirmando que não estão dispostos a reduzir suas delegações. Ele destacou que o Brasil possui diversas opções para melhorar a situação e que é fundamental que o país apresente respostas concretas. A pressão internacional sobre o Brasil aumentou, levando o governo a buscar alternativas para garantir a participação de todos os países nas negociações climáticas.
O governo brasileiro, em colaboração com as esferas federal e estadual, está implementando uma série de medidas para lidar com a crise habitacional. Valter Correia da Silva, secretário extraordinário da COP30, mencionou a criação de comitês específicos para coordenar esforços e viabilizar a infraestrutura necessária. Entre as iniciativas estão a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a rede hoteleira e a antecipação da Cúpula de Líderes, visando diluir a concentração de participantes.
Bruno Chagas, secretário de Estado de Cultura do Pará, apresentou dados sobre a capacidade de hospedagem, revelando que a cidade terá quase 15 mil leitos disponíveis, incluindo opções de Airbnb e cruzeiros. Apesar das dificuldades impostas pela especulação imobiliária, o governo continua dialogando com a rede hoteleira para tentar controlar os preços. O governador do Pará, Helder Barbalho, também destacou a reforma de escolas para abrigar delegações e a construção da Vila COP30 para chefes de Estado.
Representantes de várias nações, incluindo a Polônia e a Holanda, relataram dificuldades em garantir acomodações devido aos altos preços. O vice-ministro do clima polonês, Krzysztof Bolesta, indicou que a Polônia pode ser forçada a reduzir sua delegação ou até mesmo não comparecer. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, expressou preocupação com a falta de sensibilidade em relação às nações mais pobres, que pedem a reconsideração da escolha de Belém como sede.
Durante a reunião de emergência, o Brasil se comprometeu a apresentar novas análises e medidas até 11 de agosto, visando reverter o cenário de exclusão que se desenha. A situação atual exige uma resposta rápida e eficaz para garantir que todos os países possam participar das negociações climáticas. Em momentos como este, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a inclusão e a acessibilidade para todos os participantes da COP30.

O Rio de Janeiro será a sede da conferência da Década do Oceano em 2027, destacando a urgência na proteção dos oceanos e a importância do Brasil nesse cenário global. O evento, organizado pelo governo federal e a prefeitura, reforça a identidade oceânica do país e sua trajetória em conferências climáticas, como a Rio92.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta amarelo de saúde devido à queda de até 5ºC em nove Estados, incluindo São Paulo, com previsão de ventos fortes e chuvas até quinta-feira. A capital paulista deve registrar mínimas de 9ºC, enquanto ventos podem ultrapassar 60 km/h.

As Reuniões Climáticas de Junho em Bonn trouxeram avanços para a COP30, mas questões de financiamento e adaptação permanecem em impasse. Diplomacia brasileira é elogiada, mas desafios persistem.

O Jardim Botânico de Brasília iniciará em agosto a remoção de pinheiros, espécies invasoras, substituindo-os por árvores nativas do Cerrado, visando a proteção do bioma e a segurança dos visitantes. A ação, respaldada pelo Plano de Manejo do Instituto Brasília Ambiental, é acompanhada de uma campanha educativa para informar a população sobre os riscos dos pinheiros, que comprometem a biodiversidade e aumentam o risco de incêndios.

A empresa Raiar Orgânicos implementou a tecnologia Chevvy, que identifica o sexo do pintinho no ovo, reduzindo o descarte de machos e promovendo bem-estar animal na avicultura brasileira. Com a capacidade de separar até 25 mil ovos por hora, a inovação promete transformar a produção de ovos no país, atendendo à demanda por práticas mais éticas.

Ibama aplica R$ 173 milhões em multas após operação em Apuí, AM, embargando 27 mil hectares e registrando 87 infrações, destacando o município como foco de desmatamento na Amazônia. Consequências legais estão a caminho.