Impacto Social

Roman Krznaric propõe lições do passado para enfrentar os desafios globais do século 21 em novo livro

Roman Krznaric lança "História para o Amanhã", abordando crises globais do século 21 e defendendo novos modelos econômicos. O filósofo destaca a importância de movimentos sociais disruptivos para mudanças urgentes.

Atualizado em
May 26, 2025
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O filósofo australiano Roman Krznaric participa de palestras em São Paulo e lança o livro 'História para o Amanhã' Foto: Júlia Pereira/Estadão

Roman Krznaric, filósofo social australiano radicado no Reino Unido, lança seu novo livro, História para o Amanhã, no dia 9 de dezembro. A obra aborda desafios globais do século 21, como a crise ecológica e a inteligência artificial (IA), propondo novos modelos econômicos e destacando a importância de movimentos sociais disruptivos. Krznaric, que já é conhecido pelo best-seller Como Ser um Bom Ancestral, busca inspiração no passado para enfrentar problemas contemporâneos.

Durante uma entrevista em São Paulo, o autor enfatizou que a história é um recurso subvalorizado para moldar o futuro da humanidade. Ele criticou a "tirania do agora", onde políticos e empresários se concentram em resultados imediatos, ignorando a importância de aprender com o passado. Krznaric citou o exemplo do Tribunal das Águas em Valência, Espanha, como uma forma cooperativa de gestão de recursos hídricos, destacando a capacidade humana de colaboração.

O filósofo também abordou os perigos da IA, diferenciando entre inteligência geral artificial (IGA) e inteligência artificial estreita. Ele alertou que a desconfiança nas informações básicas pode levar ao colapso da realidade, um fenômeno que já se observa na política atual. Krznaric acredita que a erosão das liberdades democráticas e a crise ecológica são questões centrais que precisam ser enfrentadas urgentemente.

Krznaric criticou o neoliberalismo e o individualismo exacerbado, sugerindo que a falta de imaginação econômica é um obstáculo para a mudança. Ele mencionou a necessidade de economias pós-crescimento, citando o modelo de economia circular do Japão no século 18 como um exemplo de reutilização de recursos. O autor defende que a solução para os problemas sociais e ecológicos não deve ser exclusivamente estatal ou capitalista, mas sim uma combinação de alternativas inovadoras.

O filósofo também elogiou a força dos movimentos sociais no Brasil, lembrando das Diretas Já como um exemplo de mobilização bem-sucedida. Ele ressaltou que mudanças significativas muitas vezes ocorrem em resposta a crises, e que a ação coletiva é essencial para enfrentar a emergência climática. Krznaric acredita que a história mostra que movimentos disruptivos têm o potencial de gerar transformações profundas na sociedade.

Com a crescente urgência das crises globais, a união da sociedade civil é fundamental. Projetos que promovem a conscientização e a ação em prol do meio ambiente e da justiça social devem ser incentivados. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença e trazer esperança para um futuro mais sustentável e justo.

Estadão
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