São Paulo abriga mais de 200 rios e córregos, a maioria encoberta por urbanização. O projeto Rios e Ruas busca conscientizar sobre a importância da água na cidade, promovendo eventos educativos.

São Paulo abriga mais de duzentos cursos d'água, incluindo rios e córregos, muitos dos quais estão ocultos sob a urbanização. O arquiteto e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Neves Gouvêa, destaca que a cidade, que já convivia com esses corpos d'água, passou a encobri-los no final do século dezenove, quando a elite cafeeira buscava embelezar a cidade, inspirando-se em modelos europeus. Essa mudança de paradigma fez com que os rios fossem considerados obstáculos, levando ao seu soterramento.
O processo de encobrimento dos rios não foi centralizado, ocorrendo inicialmente por ações individuais de proprietários de chácaras. Posteriormente, durante a gestão do prefeito Prestes Maia, na década de 1930, um plano político foi implementado para modernizar a cidade, priorizando o tráfego de automóveis. Os rios Itororó e Saracura, por exemplo, foram enterrados sob a Avenida 23 de Maio, refletindo essa lógica de urbanização.
Na segunda metade do século vinte, a Prefeitura começou a se preocupar com a questão hídrica, criando departamentos específicos. Contudo, a falta de registros oficiais dificulta a quantificação exata dos corpos d'água encobertos. Gouvêa classifica essa situação como um erro histórico, ressaltando que a cidade não soube integrar a água de forma harmoniosa em seu planejamento, resultando em enchentes frequentes e intensas.
Embora muitos rios estejam soterrados, na periferia da cidade, alguns ainda estão expostos, mas enfrentam problemas de poluição. Gouvêa observa que existe uma "discriminação climática", onde a população mais vulnerável sofre as consequências de um planejamento urbano inadequado, que priorizou os interesses de uma elite. Iniciativas para reverter essa situação estão surgindo, como o projeto de revitalização do rio no Bixiga, que busca tornar visível o curso d'água sob o Teatro Oficina.
Desde 2010, o arquiteto José Bueno, em parceria com um geógrafo, promove o projeto Rios e Ruas, que organiza eventos educacionais e caminhadas para conscientizar a população sobre os rios que correm sob a cidade. Bueno enfatiza a importância de trazer as pessoas de volta às ruas e à convivência com a água, propondo um novo olhar sobre a cidade e suas águas.
Essas iniciativas são fundamentais para a conscientização e revitalização dos rios em São Paulo. A união da sociedade civil pode ser um catalisador para projetos que busquem restaurar a relação da cidade com seus corpos d'água, promovendo um ambiente urbano mais sustentável e acolhedor para todos.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou que o governo busca garantir hospedagens acessíveis para delegações de países vulneráveis na COP30, em Belém. Ela criticou a ausência dos EUA e defendeu os vetos de Lula à lei de licenciamento ambiental, priorizando a proteção ambiental.

Uma pesquisa do projeto Rede Biota Cerrado, liderada pelo professor Antônio Aguiar, revela espécies de abelhas exclusivas da Chapada dos Veadeiros em risco de extinção devido à mudança climática e ações humanas. A conservação é urgente.

Estudo da Esalq revela que o fungo Metarhizium robertsii pode induzir defesas na cana-de-açúcar, reduzindo o uso de inseticidas e promovendo um controle biológico mais eficiente e sustentável. A pesquisa, liderada por Marvin Mateo Pec Hernández, destaca a capacidade do fungo em alterar compostos voláteis e fitormônios, atraindo inimigos naturais das pragas.

Ibama e UFSM firmam acordo para gestão do Cetas em Santa Maria, visando reabilitar fauna silvestre e promover educação ambiental. A parceria reforça o compromisso com a conservação da biodiversidade no Brasil.

O documentário "World without cows", de Mark Lyons, revela os impactos ambientais da remoção do gado e será exibido na COP 30. A Alltech investirá R$ 120 milhões em modernização no Brasil.

A Enel foi multada em R$ 225 mil por podas agressivas de 18 árvores em Niterói, com o vereador Daniel Marques denunciando a prática como "assassinato de árvores". A multa visa coibir novas infrações.