Iniciativas como o "Living Lab" da Unicamp e a telecolposcopia em comunidades indígenas estão transformando o acesso à saúde no Brasil, permitindo consultas e exames a distância em áreas remotas. Essas ações visam reduzir desigualdades e ampliar o cuidado médico.

O acesso à saúde em áreas remotas do Brasil apresenta desafios significativos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020, a população dessas regiões precisa percorrer em média setenta e dois quilômetros para realizar procedimentos de saúde de baixa e média complexidade. No litoral oeste cearense, por exemplo, moradores enfrentam deslocamentos de até cento e trinta e oito quilômetros até Sobral, a cidade referência mais próxima, para consultas com especialistas como endocrinologistas e ginecologistas.
Diante desse cenário, a saúde digital surge como uma ferramenta essencial para transformar o acesso a serviços médicos. Iniciativas como o "Living Lab", criado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a organização social em saúde SAS Brasil, visam desenvolver e validar protocolos de telessaúde. Esse laboratório reúne pesquisadores, professores e estudantes para criar soluções que superem as barreiras geográficas no atendimento à saúde.
Um exemplo prático dessa inovação é a telecolposcopia, que permite que mulheres com mais de quarenta anos da comunidade indígena de Assunção do Içana, no Amazonas, realizem exames ginecológicos de detecção do câncer de colo de útero. O procedimento é conduzido por um enfermeiro, que utiliza um equipamento especial para capturar imagens do trato genital inferior feminino. Essas imagens são transmitidas em tempo real para um médico especialista, que acompanha a consulta por meio de videoconferência.
Essa abordagem não apenas conecta médicos e pacientes, mas também promove uma mudança cultural na formação e prática da saúde no Brasil. Com a telessaúde, milhares de brasileiros em regiões carentes estão recebendo cuidados médicos que antes eram inacessíveis. A saúde digital se torna, assim, uma aliada do Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para a redução das desigualdades no acesso aos serviços de saúde.
Recentemente, foi lançado o Programa Mais Acesso a Especialistas, uma iniciativa do SUS que visa ampliar o acesso a serviços de saúde especializados. A saúde digital, por sua natureza flexível, pode acompanhar todas as etapas do cuidado de forma integrada, beneficiando tanto os profissionais de saúde quanto as comunidades que mais necessitam.
Iniciativas como essas precisam do apoio da sociedade civil para se expandirem e alcançarem mais pessoas. A união em torno de projetos que promovam a saúde digital pode fazer uma diferença significativa na vida de muitos brasileiros, especialmente aqueles que vivem em áreas remotas e vulneráveis.

A MeteoIA, startup de previsão climática, recebeu o maior investimento da Bossa Invest, destacando a inteligência climática como essencial na gestão de riscos em setores econômicos. A tecnologia prevê desastres com até um ano de antecedência.

Samir Xaud registrou sua candidatura à presidência da CBF, com Michelle Ramalho como vice, um marco histórico para a representação feminina na entidade. Ramalho enfatiza a necessidade de mais mulheres na gestão do futebol.

Sete anos após o incêndio que devastou o Museu Nacional, o apoio prometido pela Petrobras para sua reconstrução ainda não chegou, enquanto Vale, Bradesco e BNDES já doaram R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente.

O Brasil se destaca na pesquisa clínica, ocupando a liderança na América Latina, mas enfrenta desafios como a falta de conhecimento da população e a lentidão regulatória. A SBPPC projeta um crescimento significativo no setor, com a possibilidade de o país alcançar a décima posição global em estudos clínicos, beneficiando milhares de pacientes e movimentando bilhões na economia.

O projeto Multiplicando Sonhos, liderado por Alessandra Alves Ferreira, promove educação financeira para jovens da rede pública, visando autonomia e segurança financeira. Com apoio de parceiros, a iniciativa se expande para todas as capitais brasileiras e comunidades no exterior.

O professor Mateus Paranhos da Costa, da Unesp, foi homenageado pela Secretaria de Agricultura de São Paulo por seu impacto no bem-estar animal, inspirando um novo modelo de marcação para animais vacinados contra a Brucelose. Essa iniciativa reflete a importância de sua pesquisa e atuação na prática pecuária, promovendo mudanças significativas e sustentáveis no manejo animal.