Em 2024, a prevalência de fumantes nas capitais brasileiras subiu para 11,6%, revertendo anos de progresso no combate ao tabagismo, com aumento no uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre mulheres. O Ministério da Saúde alerta para os altos custos sociais do tabagismo, que superam os lucros da indústria.

A prevalência de fumantes nas capitais brasileiras aumentou para 11,6% em 2024, revertendo anos de progresso no combate ao tabagismo. Os dados, apresentados pelo Ministério da Saúde em evento em Brasília, mostram um crescimento de 2,3% em relação a 2023, quando a taxa era de 9,3%. Este aumento coloca o Brasil em patamares semelhantes aos de 2013, quando a prevalência era de 11,3%.
Segundo Mônica Andreis, diretora da ONG ACT Promoção da Saúde, a inação nas políticas de controle do tabaco é um fator crucial para esse retrocesso. Ela destaca que não houve reajuste nos preços dos cigarros nos últimos oito anos e que a proibição de aditivos em produtos de tabaco, aprovada em 2012, ainda não foi implementada. A falta de campanhas contínuas de comunicação também é apontada como uma falha importante.
Embora tenha havido um aumento nos preços dos cigarros no ano passado, fumar atualmente é mais barato do que em 2012, considerando a inflação e o PIB per capita. Desde 2013, o Brasil não conseguiu implementar medidas que proíbem o uso de aditivos em produtos de tabaco, permitindo que a indústria do fumo continue a operar sem restrições significativas.
Os dados do Vigitel, que monitora anualmente a incidência de doenças crônicas, também revelam que o consumo de cigarros eletrônicos se manteve estável em 2,6% da população das capitais, mas com um aumento preocupante entre as mulheres, que passaram de 1,4% para 2,6% no mesmo período. O uso de cigarros convencionais também cresceu entre as mulheres, com um aumento relativo de 36%, enquanto entre os homens foi de 18%.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância de utilizar todos os instrumentos disponíveis para divulgar os impactos negativos do tabagismo. Ele enfatizou que a propaganda da indústria do tabaco contribui para a formação de hábitos entre os jovens, tornando urgente a necessidade de intervenções eficazes.
Além dos impactos diretos na saúde, o Ministério da Saúde estimou que para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o Brasil gasta cerca de R$ 2,30 em tratamento de doenças relacionadas ao fumo. Os prejuízos totais, considerando custos indiretos, chegam a R$ 5,10 por cada R$ 1 de lucro. Esses dados reforçam a necessidade de ações coletivas para enfrentar os desafios impostos pelo tabagismo e apoiar iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar da população.

Cerca de 10% a 20% de crianças e adolescentes enfrentam transtornos mentais, como depressão, segundo a OMS. A psicóloga Ana Cristina Smith Gonçalves alerta para sinais como mudanças de humor e queixas físicas.

Cerca de 6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema entre 2023 e 2024, reduzindo a taxa de miséria para 6,8%. O índice de desigualdade de renda também atingiu o menor nível desde 2012, refletindo avanços sociais.

A SES-DF lança a estratégia Wolbito, com mosquitos Aedes aegypti inoculados com a bactéria Wolbachia, que não transmitem dengue, zika e chikungunya. A ação visa reduzir a incidência de arboviroses em áreas vulneráveis do DF.

A Secretaria de Saúde do DF lançou o curso “Nós na Rede” para capacitar 225 profissionais em saúde mental, com foco em cuidados a pessoas com transtornos mentais e em privação de liberdade. A formação, que se estenderá até fevereiro de 2026, é uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e busca aprimorar a atuação das equipes na Rede de Atenção Psicossocial (Raps).

A Orquestra Locomotiva João Ramalho, fundada em 2008, agora inclui idosos em suas atividades com a Orquestra Master e lançou um projeto de luteria para fabricação de instrumentos. A iniciativa visa promover inclusão e desenvolvimento social.

O Alcoólicos Anônimos (AA) enfrenta um aumento preocupante no alcoolismo entre mulheres no Brasil, com a taxa subindo de 10,5% em 2010 para 15,2% em 2023. A organização intensifica ações de apoio e grupos femininos, refletindo um crescimento de 44,7% na participação delas.