Impacto Social

Brasil reduz pobreza extrema e desigualdade, mas desafios econômicos ainda persistem

Cerca de 6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema entre 2023 e 2024, reduzindo a taxa de miséria para 6,8%. O índice de desigualdade de renda também atingiu o menor nível desde 2012, refletindo avanços sociais.

Atualizado em
May 12, 2025
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Família da Baixada Fluminense vive insegurança alimentar — Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo

Nos últimos dois anos, aproximadamente seis milhões de brasileiros conseguiram sair da pobreza extrema. Em 2023, a taxa de miséria era de 8,3% da população, enquanto em 2024 caiu para 6,8%. Esse avanço representa um aumento significativo no rendimento domiciliar per capita, que agora ultrapassa a linha de R$ 333 mensais. Para os mais vulneráveis, essa mudança é crucial, pois proporciona acesso a alimentação, moradia digna e uma vida mais justa.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou que o índice de desigualdade de renda, medido pelo coeficiente de Gini, atingiu o menor nível desde 2012. Apesar de o Brasil ser o segundo país mais desigual fora da África, atrás apenas da Colômbia, essa redução oferece uma oportunidade para melhorar a mobilidade social e a qualidade de vida da população.

As causas para essa melhoria nos indicadores de pobreza e desigualdade incluem um mercado de trabalho aquecido e a ampliação de programas sociais. Entre 2023 e 2024, o rendimento domiciliar mensal per capita cresceu 4,7%, alcançando R$ 2.020. Embora ainda existam disparidades regionais, como a diferença entre o Nordeste (R$ 1.319) e o Sul (R$ 2.499), a média nacional é 19% superior à de 2012.

Com a taxa de desemprego em 7% e a renda média do trabalho em alta, mais recursos estão disponíveis nas casas brasileiras. Além disso, a participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita aumentou de 1,7% antes do governo Bolsonaro para 3,8% em 2024. Mudanças nas regras do Bolsa Família incentivaram mais beneficiários a buscar emprego, contribuindo para essa transformação.

Apesar dos avanços, os desafios permanecem. A continuidade do crescimento econômico e a geração de empregos são essenciais para manter esses resultados. A capacidade do governo de equilibrar as contas públicas é um fator crítico que pode impactar a estabilidade econômica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aprender com os erros do passado para evitar retrocessos nas conquistas sociais.

Reduzir a desigualdade e a pobreza é um passo importante, mas é fundamental garantir que esses avanços sejam sustentáveis. A sociedade civil pode desempenhar um papel vital nesse processo, apoiando iniciativas que promovam a inclusão e o desenvolvimento social. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais justo e igualitário para todos.

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