A Sociedade Brasileira de Diabetes atualizou diretrizes, reduzindo a idade de rastreamento para 35 anos. A nova abordagem visa diagnosticar diabetes tipo 2 mais precocemente, com um algoritmo que prioriza o teste de tolerância à glicose de 1 hora.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) anunciou em março de 2025 uma atualização significativa nas diretrizes para o diagnóstico e rastreamento do diabetes mellitus tipo 2. O novo documento, publicado na Diabetology & Metabolic Syndrome, estabelece que o rastreamento deve começar a partir dos 35 anos, uma redução em relação à recomendação anterior de 45 anos. Além disso, a SBD introduziu um algoritmo para facilitar o diagnóstico e sugeriu o teste de tolerância à glicose de uma hora como a opção preferencial.
Essas mudanças são cruciais, considerando que, segundo a décima edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), cerca de 45% dos adultos com diabetes desconhecem sua condição. No Brasil, essa taxa é de aproximadamente 30%. A atualização de 2025 é uma revisão das diretrizes de 2024, elaborada por um grupo de especialistas que analisou questões clínicas e conduziu uma pesquisa no MEDLINE.
Com a nova diretriz, todos os indivíduos a partir dos 35 anos devem ser rastreados para diabetes tipo 2. A Dra. Melanie Rodacki, médica e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou que a decisão se baseou em evidências clínicas que mostram um aumento da prevalência da doença nessa faixa etária. Para jovens entre 18 e 34 anos, o rastreamento é recomendado para aqueles com sobrepeso ou obesidade e fatores de risco adicionais.
O algoritmo proposto pela SBD orienta sobre os testes mais adequados para o diagnóstico. As opções incluem glicemia de jejum, glicemia pós-teste de tolerância à glicose oral de duas horas e hemoglobina glicada (HbA1c). O ideal é iniciar com HbA1c e glicemia de jejum. Se ambos os testes forem positivos, o diagnóstico é confirmado. Caso contrário, recomenda-se repetir o teste negativo.
Outra inovação é a preferência pelo teste de tolerância à glicose de uma hora em relação ao de duas horas, uma mudança que visa detectar diabetes mais precocemente. A Dra. Melanie enfatizou que essa abordagem pode ajudar a identificar pacientes antes que desenvolvam complicações graves, como problemas oculares e renais, além de representar uma economia significativa para a saúde pública.
A Dra. Larissa Bordalo, médica de família, sugere que o diagnóstico precoce deve incluir a investigação clínica, utilizando questionários como o FINDRISC para identificar grupos de risco. Essa abordagem pode otimizar o rastreamento e promover mudanças de hábitos saudáveis. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a prevenção e o tratamento do diabetes, melhorando a qualidade de vida de muitos.

Fique atento aos sinais de AVC, como dor de cabeça intensa e dormência. Reconhecer esses sintomas pode evitar complicações graves.

O câncer de pâncreas, responsável por cerca de 12 mil mortes anuais no Brasil, é uma das formas mais letais da doença, com diagnóstico frequentemente tardio. Fatores como tabagismo e obesidade aumentam o risco.

Ministério da Saúde capacita enfermeiras da Ilha de Marajó para inserção de DIU. A formação de doze profissionais resultou em 271 atendimentos em Breves, ampliando o acesso a métodos contraceptivos no SUS.

A Anvisa discutirá a regulamentação do cultivo de Cannabis sativa com baixo teor de THC para fins medicinais em reunião marcada para hoje. A proposta, que deve ser aprovada até 30 de setembro, permitirá que empresas cultivem a planta sob rigorosas normas de segurança e controle.

Tim Andrews, paciente com doença renal terminal, recebeu um rim de porco geneticamente modificado, resultando em recuperação surpreendente e renovação de esperança. A xenotransplantação pode ser um marco médico.

Pesquisadores da USP descobriram uma molécula no veneno do escorpião Brotheas amazonicus com potencial antitumoral semelhante ao paclitaxel, além de novas estratégias em imunoterapia e inteligência artificial para o câncer. Essa pesquisa, apresentada na FAPESP Week França, pode revolucionar o tratamento do câncer de mama e outras doenças.